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Tem espinha? Comemore: você envelhecerá menos que o resto do mundo

Espinhas são problemáticas agora, mas podem ser bom sinal a longo prazo - Thinkstock
Espinhas são problemáticas agora, mas podem ser bom sinal a longo prazo Imagem: Thinkstock

Do UOL, em São Paulo

22/10/2016 06h00

A espinha pode acabar com sua autoestima, mas calma: a longo prazo, você pode ser mais feliz. Um estudo publicado no periódico Journal of Investigative Dermatology apontou que quem tem espinha resiste mais ao processo de envelhecimento do que o resto da população.

Ou seja: as pessoas com acnes terão uma pele com aparência jovem por mais tempo. Principal autora do estudo, Simone Ribero, uma dermatologista do King College de Londres, afirmou que a descoberta confirma tendências observadas por médicos da área.

"Por anos, dermatologista identificaram que a pele de quem sofre de acne aparenta envelhecer mais devagar do que daqueles que não têm acne em nenhum momento. Apesar disso ser observado em exames clínicos, a causa até agora não era clara" Simone Ribero

A pesquisa comparou informação genética de mulheres com e sem espinhas – foram usadas 1.205 gêmeas, sendo que um quarto disse já ter tido acne. O resultado desses dados apontou que as mulheres com acnes apresentam telômeros (estruturas que formam as extremidades dos cromossomos nas células) mais duradouros do que as mulheres sem acnes.

O que isto significa? Na prática, as mulheres que já apresentaram espinha ao longo da vida têm suas células mais protegidas da deterioração que ocorre com o passar dos anos.

Os telômeros são estruturas que protegem o DNA no fim de nossos cromossomos – pense neles como aquele pequeno plástico no topo dos nossos cadarços. A cada vez que a célula se divide, o telômero diminui, até o ponto em que a célula não pode se replicar.

Quando a célula não pode mais se dividir, ela ou morre ou não funciona mais corretamente. O processo que deixa o telômero curto já foi associado ao envelhecimento, ao câncer e até a um risco maior de morte --fumo e obesidade aceleram o processo de encurtamento do telômero. 

A pesquisa tem algumas limitações. A maior é que os pesquisadores só foram capazes de estabelecer uma ligação entre a duração dos telômeros, as pessoas com espinha e o envelhecimento mais devagar. Contudo, não foi apontada a causa biológica que explique por que as pessoas com acne têm um processo mais lento de encurtamento dos telômeros.

Telômeros à parte, o estudo é um alento para quem sofre com espinha agora. Quem ri por último, ri melhor.