Mais de 5,1 mi de paulistanos precisam ser vacinados contra a febre amarela
A um mês do fim da campanha de vacinação contra a febre amarela, marcado para 30 de maio, mais de 5,1 milhões de moradores da capital paulista ainda não foram imunizados. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, até quinta-feira (3), a cobertura vacinal na cidade era de 55,7%, índice muito a abaixo da meta, que é de 95%.
A vacinação começou no município em setembro do ano passado na região Norte, onde foi confirmada a primeira epizootia (morte de macaco causada por febre amarela). Mas, desde então, as áreas de recomendação foram se expandindo gradativamente. E, atualmente, a vacina está disponível em toda a capital paulista.
Com 86,1% do público-alvo vacinado, a região Norte é a de maior cobertura. Na sequência, aparecem a Sul (67,2%) e a Oeste (54,7%). As demais regiões vacinaram menos da metade da população: Leste (40,1%), Sudeste (39,2%) e Centro (19,1%).
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Até o momento, a capital paulista registrou 13 casos de febre amarela silvestre --transmitida por mosquitos que vivem em regiões de mata-- com 7 mortes. Não há ocorrência de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, entre julho de 2017 e 2 de maio de 2018, foram confirmados 1.257 casos e 394 mortes.
Vacina segura
Cerca de 10% dos infectados pelo vírus da febre amarela desenvolvem a forma grave da doença, quando pode haver febre acompanhada de hemorragias, insuficiência hepática, insuficiência renal. De 30% a 60% dos pacientes que desenvolvem a forma grave da doença morrem num período entre 10 e 14 dias. A doença não tem tratamento, a única forma de evitá-la é a vacina.
Já os quadros mais graves decorrentes da vacinação, como efeitos neurológicos ou sintomas da febre amarela provocados pela vacina, ocorrem na proporção de 1 a cada 400 mil pessoas vacinadas. Para os especialistas, a vacina contra a febre amarela é segura.
Temos visto que mesmo quando não leva a óbito, a febre amarela pode levar à necessidade de transplante de fígado com urgência. Os casos graves são tratados na grande maioria das vezes em UTIs. Diante de uma doença com uma letalidade dessas e que vem se expandindo, a única maneira de evitar é vacinando
Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
A vacina contra a febre amarela é contraindicada para pacientes em tratamento de câncer, pessoas com imunossupressão e pessoas com reação alérgica grave à proteína do ovo. A vacinação também impede a doação de sangue por um período de quatro semanas.
Desde o ano passado, o Brasil passou a adotar a recomendação da Organização Mundial da Saúde, que é a de vacinar contra febre amarela apenas uma vez na vida. Isso vale para a dose integral. A dose fracionada --um quinto da dose integral que tem sido aplicada em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia-- a durabilidade é de nó mínimo 8 anos.
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