Sem ar e com dor, paciente é barrado em maior pronto-socorro de Manaus
Sem dar conta do atendimento a pacientes com covid-19, o maior pronto-socorro de Manaus, o Hospital 28 de Agosto, fechou as portas para novos casos e está recusando pacientes que chegam ao local em situação grave.
No início da tarde deste sábado, o mecânico David dos Santos Fernandes, 42, procurou a unidade por conta do agravamento da suspeita de covid-19. "Estou com falta de ar e dores nas costas e no peito porque estou tossindo demais", conta o homem, mostrando as mãos roxas.
Ele conta que chegou ao 28 de agosto por volta das 11h, e um funcionário informou que não havia vagas. A informação foi confirmada pelo UOL com o segurança da unidade.
Fernandes diz que chegou a procurar outra unidade na segunda-feira, quando os sintomas estavam mais leves, mas ele foi mandado pra casa. "De ontem para hoje piorou e sei que preciso de ajuda. Espero que me atendam", conta o homem, que está tendo apoio de amigos da igreja em que congrega.
A triagem do hospital fechou ontem à tarde, e apenas pacientes graves que chegam de ambulância é que estão sendo recebidos no local. Mesmo assim, o mecânico contou que prefere esperar no local uma vaga que procurar outro local. "Estão todos cheios e estamos tentando que seja aqui mesmo", diz.
No local, ambulâncias chegam a todo instante trazendo pessoas em macas. Segundo uma fisioterapeuta que esteve no local pela manhã, o hospital está cheio, mas com oxigênio para atender os pacientes, "por ora não vi problemas, estão todos sendo atendidos", disse, pedindo para não ter o nome relevado.
Na porta da unidade, muitos familiares aguardam por notícias de parentes internados.
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