Fiocruz diz que passaporte vacinal é estratégico; Bolsonaro ataca medida
Enquanto a Fiocruz disse considerar o passaporte vacinal uma medida estratégica, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi na direção oposta à de especialistas e passou a atacar a emissão do documento que comprova a imunização contra a covid-19.
O passaporte da vacina já é exigido em espaços públicos em ao menos 249 municípios brasileiros, segundo levantamento feito pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) entre os dias 20 e 23 de setembro, com respostas de 2.461 cidades. Ele começou a ser emitido (nacionalmente) de forma digital em 31 de agosto pelo Conecte SUS, aplicativo oficial do Ministério da Saúde.
Durante evento realizado em Maringá (PR), na tarde desta sexta-feira (1), Bolsonaro voltou a criticar a medida e afirmou que, se depender do governo federal, não teremos o passaporte.
"Vivemos um outro momento agora, peço a Deus, saindo da pandemia. Quero dizer que naquilo que depender do governo federal, não teremos passaporte da covid. Nunca apoiamos medidas restritivas, sempre estivemos ao lado da liberdade, do direito de ir e vir, do direito ao trabalho e da liberdade religiosa", disse ele, em discurso.
Já o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (1), diz que o passaporte de vacinas é uma importante estratégia para estimular e ampliar a vacinação no Brasil.
Ao defender a adoção dessa iniciativa em todo o território nacional, o documento destaca o princípio do ponto de vista da saúde pública de que "a proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos".
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