23 funcionários de empresa de MG se infectam com ômicron após festa em SP
A Prefeitura de Extrema (481 km de Belo Horizonte), no sul de Minas, afirmou que 23 trabalhadores de uma mesma empresa estão infectados com a variante ômicron do coronavírus. Todos participaram de uma festa de confraternização em São Paulo e, após o evento, começaram a sentir sintomas.
Segundo o coordenador de combate do covid da cidade, o médico Enis Donizetti Silva, o grupo está sendo monitorado e as pessoas só poderão voltar ao trabalho na próxima quinta-feira. O número de doentes representa em torno da metade do corpo de funcionários da empresa, que não teve o nome e nem o ramo de atuação divulgados.
Três dias depois do evento festivo, realizado no último dia 17, alguns dos trabalhadores, com sintomas de gripe, procuraram um laboratório de exames da cidade. No total, 4 testaram positivo para a variante.
"A partir disso, a vigilância sanitária e a epidemiológica de Extrema foram comunicadas por alguns dos funcionários e estiveram na sede da empresa", explica o médico. A firma fica no parque industrial, que reúne outras empresas do município, de 36 mil habitantes.
O local foi fechado, os trabalhadores enviados para casa e todos fizeram testes, avaliados pelo Instituto de Medicina Tropical, da USP, com o qual a prefeitura tem parceria.
Os resultados confirmaram mais 19 positivos, tendo, assim, contabilizados 23 contaminados pela variante ômicron. Todos estiveram na festa na capital paulista. "[Foram] 19 confirmados através do laboratório de São Paulo e mais 4 confirmados pelo nosso laboratório de Extrema", confirma o coordenador.
Agora, de acordo com ele, as amostras serão enviadas para a Secretaria Estadual de Saúde mineira para nova confirmação. "Juntamos todas as amostras e outras, e vamos levar para o laboratório central da Secretaria Estadual de Saúde para fazer o sequenciamento para reconfirmar a variante ômicron. A nota técnica prevê que tem de fazer o sequenciamento", explica.
Enis Donizetti lembra que a variante tem maior capacidade de transmissão e diz que a prefeitura tem tomado medidas para enfrentar a situação, como criar uma unidade para avaliar casos com sintomas gripais que antes iam para o Pronto-Socorro. "Uma boa parte dos pacientes é muito transmissora na fase inicial, e a gente concentrou num lugar só", afirmou
Ele afirma ainda que a cidade aumentou o número de postos de vacinação e faz uma grande quantidade de testes, bem como trabalha com telemedicina durante o isolamento de dez dias dos infectados.
De acordo com o médico, também é feita a distribuição de máscaras cirúrgicas e N95, mais eficientes, de acordo com o especialista, que destaca também o trabalho de comunicação para conscientizar a população.
O fato de a festa dos funcionários ter sido em São Paulo não significa que a causa das infecções foi o local. "A ômicron está aí, ela entrou no Brasil, está em vários lugares", completa.
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