Covid: Média móvel de mortes fica estável após 2 dias de queda
Com 294 mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, a média móvel de óbitos voltou a ficar em tendência de estabilidade após dois dias em queda. Hoje, o indicador ficou em 96. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
O índice variou -9% em relação a 14 dias atrás. Se o valor fica acima de 15%, indica tendência de alta. Quando está abaixo de -15%, de queda; entre 15% e -15%, como hoje, significa estabilidade
A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.
Três regiões do país seguem a tendência nacional de estabilidade na média móvel de mortes: Nordeste (-10%), Sudeste (-9%) e Sul (2%). Outras duas regiões têm queda: Centro-Oeste (-16%) e Norte (-25%).
Entre as unidades da federação, oito têm estabilidade, 11 registram queda e sete apresentam alta.
Nesta terça-feira (7), 8 estados não registraram óbitos. São eles: Acre, Alagoas, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Roraima e Sergipe. Já Tocantins não divulgou os dados de mortes e casos hoje. Desde o início da pandemia o país acumula 667.400 vidas perdidas para a doença causada pelo coronavírus.
Além disso, nas últimas 24 horas, foram 80.603 novos casos conhecidos de covid-19 no Brasil. Com os números de hoje, são 31.263.248 testes positivos acumulados.
Já a média móvel de casos no Brasil foi de 35.271 ocorrências, mantendo a tendência de alta dos últimos 12 dias. Hoje, o índice variou 144% em relação a 14 dias atrás.
Todas as regiões do país seguem a tendência nacional de alta na média móvel de casos: Centro-Oeste (462%), Nordeste (108%), Norte (30%), Sudeste (144%) e Sul (89%).
O Distrito Federal e 23 estados acompanham o cenário nacional de alta no índice de casos da doença — já o Pará apresenta estabilidade de -6% e Amazonas tem queda, de -33%.
O alto número de novos casos conhecidos, no entanto, pode ter relação com o represamento de dados. O estado de São Paulo, por exemplo, que hoje notificou 29.856 testes positivos, não divulgava as informações desde a última quinta-feira (2).
Ontem, a Bahia e o Rio de Janeiro também não haviam publicado atualizações, alegando problemas na extração dos dados junto ao sistema do Ministério da Saúde. Minas Gerais que também não divulgou o boletim epidemiológico no domingo (5) e na segunda-feira (6), hoje notificou 17.554 casos.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (225%)
- Minas Gerais: queda (-80%)
- Rio de Janeiro: queda (-75%)
- São Paulo: alta (25%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: estabilidade (0%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: queda (-29%)
- Rondônia: queda (50%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: não atualizou os dados hoje
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (0%)
- Bahia: queda (-50%)
- Ceará: estabilidade (-13%)
- Maranhão: queda (-100%)
- Paraíba: queda (-33%)
- Pernambuco: estabilidade (4%)
- Piauí: queda (-33%)
- Rio Grande do Norte: alta (450%)
- Sergipe: queda (-100%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-67%)
- Goiás: estabilidade (-3%)
- Mato Grosso: alta (300%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-60%)
Região Sul
- Paraná: alta (19%)
- Rio Grande do Sul: alta (-36%)
- Santa Catarina: alta (48%)
Dados do governo
Foram notificadas 307 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas no Brasil, como mostra o boletim divulgado hoje (6) pelo Ministério da Saúde. O total de óbitos causados pela doença até o momento chegou a 667.348.
Pelos dados do ministério, houve 71.045 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 31.266.163 desde o começo da pandemia.
Segundo o governo federal, houve 30.145.810 casos recuperados da doença até agora, com outros 453.005 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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