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Brasil registra primeira morte por influenza suína em 2023

Influenza suína  - Rodrigo Méxas/Fiocruz
Influenza suína Imagem: Rodrigo Méxas/Fiocruz

21/06/2023 13h02

A Fiocruz confirmou hoje uma morte causada pelo vírus influenza A(H1N1)v, de origem suína, no estado do Paraná. Essa é a primeira infecção humana com morte pelo vírus relatada em 2023 no Brasil.

O que aconteceu

O óbito foi constatado pelo laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais da instituição.

A vítima, de acordo com a Fiocruz, vivia em uma região rural e tinha diagnóstico prévio de câncer.

Inicialmente, em 1º de maio, ela apresentou sintomas como febre e dores de cabeça, garganta e abdominal. Dois dias depois, devido à infecção respiratória aguda grave, foi levada ao hospital.

No dia 4 de maio, a paciente foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu às complicações e morreu um dia após a internação. Durante a internação, uma amostra de secreção nasal foi coletada para teste de influenza e SARS-CoV-2.

O resultado divulgado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Paraná, no entanto, detectou se tratar de um vírus influenza A/H1, a influenza suína. A amostra foi encaminhada para o Laboratório da Fiocruz para a realização de análises complementares.

O resultado confirmou se tratar de um vírus influenza A(H1N1)v, com características muito próximas ao vírus de suínos coletado em 2015 no Brasil.

O caso foi notificado ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde (OMS). A amostra será enviada ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) para nova avaliação.

De acordo com as investigações epidemiológicas, a paciente não teve contato direto com porcos, no entanto, dois de seus contatos próximos trabalhavam na fazenda de suínos. Os dois contatos não desenvolveram doença respiratória e testaram negativo para influenza. Até o momento, nenhuma transmissão de humano para humano associada a este caso foi identificada. Em seu relatório, a OMS avalia como baixo o risco de transmissão comunitária. Fiocruz