Campanha de vacinação contra influenza começa em 7 de abril


O Ministério da Saúde anunciou a data de início da campanha de vacinação contra influenza e também começa hoje a distribuição da vacina. A meta é imunizar 90% da população de 81 milhões de brasileiros nos grupos prioritários.
O que aconteceu
Campanha de vacinação começa dia 7 de abril. Vacinas chegarão a todos os municípios do país, segundo governo. O ideal é que a imunização ocorra antes da temporada de pico da gripe nos grupos de risco - crianças, idosos, doentes crônicas e pessoas com IMC acima de 30.
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Haverá vacina o ano inteiro nas unidades básicas de saúde. A medida é uma tentativa de aumentar o número de imunizados. O ministro Alexandre Padilha disse que vai buscar o número recomendado pela OMS. "A meta recomendada é 90% [72,9 milhões de pessoas]. Nós vamos perseguir isso", disse.
No primeiro semestre haverá foco na maior parte das regiões. O trabalho será concentrado no Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. No segundo semestre o foco é a região Norte - isso porque os casos aumentam no chamado inverno amazônico.
Teremos um dia D nacional de influenza no mês de maio. Vamos definir a melhor data no mês de maio. Alexandre Padilha, ministro da Saúde
Baixa adesão ao programa de vacina preocupa o Ministério da Saúde. Ano passado, 55,1% das pessoas procuraram os postos de saúde. Em 2023, houve uma adesão de 60% população a imunização contra a gripe.
O Ministério da Saúde aponta dois problemas principais relacionados à falta de informação. São eles: baixa percepção sobre os riscos da influenza e falta de conhecimento sobre a efetividade da vacina.
Foram notificados 10.494 óbitos por síndrome aguda respiratória grave no país no ano passado. As informações constam de nota técnica do Ministério da Saúde.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima 1 bilhão de casos no mundo por ano da doença. Isto significa que até 10% da população mundial é infectada pelo vírus - de 3 a 5 milhões são casos graves.
Calendário de distribuição
O ministério determinou datas para chegada das vacinas aos municípios. E também as quantidades. A compra é menor que o número de pessoas nos grupos prioritários. Caso as vacinas estejam perto do fim, nova encomenda será feita. A gestão é feita desta forma, segundo o ministério, para evitar desperdício de doses.
- Março: 5 milhões de doses
- Abril: 35 milhões de doses
- Maio: 36 milhões de doses
Como é feita a vacina
As vacinas são inativadas, ou seja, são feitas a partir de vírus mortos. Elas são produzidas pelo Instituto Butantan e não têm capacidade de causar doença.
Alguns países, principalmente no Hemisfério Norte, usam vírus vivo atenuado. Esta formulação nunca foi licenciada no Brasil e não há aplicação deste tipo na população brasileira.
Tipos de vacina
Há dois tipos, ambos seguem a regulamentação da OMS e protegem a população de acordo com o Ministério da Saúde. São eles:
- Vacinas trivalentes: feitas a partir de três de vírus e é oferecida pelo SUS durante todo o ano
- Vacinas quadrivalentes: usam quatro vírus na formulação e estão a disposição na rede privada
Todas as faixas etárias pode ser afetadas pelo influenza. Mas alguns grupos estão mais propensos a desenvolver formas graves da doença.
- Gestantes e puérperas;
- Adultos com mais de 60 anos;
- Crianças com menos de 5 anos;
- Pessoas com doenças crônicas, em especial as cardiorrespiratórias, diabetes e obesidade;
A vacina está disponível para crianças e idosos ao longo de todo o ano. Mas o Ministério da Saúde ressalta que a época ideal para imunização é antes do inverno.
As gestantes são prioridade porque têm mais risco de complicações. Outro fator é a possibilidade de transferir anticorpos para o feto.
A vacinação impede doação de sangue nas 48 horas seguintes a imunização. Depois, não há restrições relacionadas à vacina, ressaltam as autoridades.
A vacina de covid-19 não interfere com a vacina de influenza. A aplicação pode, inclusive, ser feita de forma simultânea.
As reações mais frequentes ocorrem no local da aplicação: dor, vermelhidão e endurecimento em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.
Manifestações mais graves são mais raras. Elas incluem febre, mal-estar e dor muscular acometem menos de 10% dos vacinados, de 6 a 12 horas após a vacinação, e persistem por um a dois dias. A reação ocorre geralmente na primeira vez em que a vacina é administrada.