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Agência dos EUA propõe regras mais duras para sabonetes antibacterianos

Por Ransdell Pierson

16/12/2013 15h36

Reguladores dos Estados Unidos submeteram uma proposta para que fabricantes de sabonetes antibacterianos tenham que demonstrar que seus produtos são seguros e mais eficazes do que água e sabão na prevenção de infecções e propagação de bactérias.

"Embora os consumidores em geral considerem esses produtos ferramentas eficazes na propagação de germes, não há hoje nenhuma evidência de que eles sejam mais eficazes na prevenção de doenças do que a lavagem com água e sabão comum", disse a Food and Drug Administration (FDA), agência que regulamenta medicamentos e alimentos nos Estados Unidos.

Em um comunicado, a FDA disse que pesquisas sugeriram que a longa exposição a substâncias químicas antibacterianas, como o triclosan presente em sabonetes líquidos e o triclocarban em sabonetes em barra, poderia ter efeitos hormonais e também permitir que bactérias sofressem mutações em cepas mais difíceis de controlar.

A agência disse que as empresas que não conseguirem demonstrar a segurança e eficácia de seus produtos terão de reformulá-los para respaldar as declarações, ou reclassificá-los para conseguir mantê-los nas prateleiras das lojas.

Tais produtos são amplamente divulgados por empresas como Colgate Palmolive CL.N, com a linha Softsoap, Galderma Laboratories, com Cetaphil, e Henkel AG HNKG_p.DE, com os produtos da Dial.

A regra proposta não afetará desinfetantes para as mãos, sanitários ou produtos antimicrobianos utilizados nos serviços de saúde, disse a agência.