Anvisa investiga possíveis eventos adversos relacionados à vacina da AstraZeneca no exterior
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acompanha e busca informações junto às autoridades internacionais sobre possíveis eventos adversos relacionados ao uso da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca-Oxford, informou o órgão no início da noite desta quinta-feira à Reuters.
A manifestação da Anvisa ocorre após autoridades de saúde da Dinamarca e da Noruega terem suspendido temporariamente nesta quinta o uso de vacinas da AstraZeneca depois de relatos de casos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas que foram vacinadas.
A medida dos países escandinavos vem depois de a Áustria parar de usar um lote da vacina da AstraZeneca enquanto investiga uma morte provocada por disfunções relacionadas a coágulos e um caso de embolia pulmonar.
A Anvisa informou que, até o momento, não há evidências que apontem relação entre o uso da vacina e a ocorrência dos casos de reações relatados por pacientes na Áustria.
"O lote da vacina que foi suspenso de uso pelas autoridades da Áustria não veio para o Brasil. O lote é o ABV5300, fabricado pela Astrazeneca", acrescentou.
Segundo o órgão regulador brasileiro, por meio da área internacional, já foi solicitada informações sobre a investigação dos eventos adversos relatados no país europeu.
"Nas bases nacionais que reúnem os eventos ocorridos com vacinas não há registros de termos de embolismo e trombose associados às vacinas para Covid", finalizou a agência brasileira.
Até o momento, o Ministério da Saúde não se manifestou sobre os relatos quanto à vacina dos países europeus.
A vacina da AstraZeneca-Oxford, que tem uma parceria no país com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligado ao governo federal, é uma das principais apostas para a imunização em massa dos brasileiros diante da lentidão da aplicação de doses no país e com os sucessivos recordes recentes de casos e mortes por Covid-19.
Até o momento, a vacina da AstraZeneca só tem autorização para uso emergencial em grupo prioritários no Brasil, mas o laboratório já pediu registro de uso definitivo.
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