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Facebook desativou mais de 2 bilhões de contas falsas em três meses

RFI
Imagem: RFI

23/05/2019 19h18

O Facebook informou nesta quinta-feira que desativou entre janeiro e março deste ano 2,19 bilhões de contas falsas, na maioria gerenciadas por robôs, um número tão elevado que praticamente se iguala ao total de usuários legítimos da plataforma em nível mundial.

A empresa dirigida por Mark Zuckerberg divulgou nesta quinta-feira a terceira edição de seu relatório sobre o cumprimento das normas comunitárias, no qual explica os avanços realizados pela rede social em matéria de luta contra informação e contas falsas, atividades ilegais e conteúdos que considera inadequados.

"A quantidade de contas que eliminamos aumentou por causa dos ataques automáticos realizados por agentes malignos que buscam criar grandes volumes de contas ao mesmo tempo", afirmou na apresentação do relatório o vice-presidente do Facebook para Integridade, Guy Rosen.

O diretor detalhou que foram desativadas 1,2 bilhão destas contas no último trimestre de 2018 e 2,19 bilhões no primeiro de 2019, o que representa um número muito próximo dos 2,38 bilhões de usuários legítimos ativos mensalmente, segundo os últimos dados disponíveis.

Quanto ao chamado "discurso do ódio" dirigido a grupos sociais específicos, a empresa comemorou ter incrementado a quantidade de conteúdos retirados, passando de 3,3 milhões no último trimestre de 2018 para 4 milhões nos primeiros três meses de 2019.

A rede social explicou que, destas 4 milhões de "mensagens de ódio" publicadas, 65,4% foram retiradas após serem detectadas pelos sistemas de inteligência artificial da própria empresa antes que alguém as denunciasse e que as demais foram eliminadas graças a denúncias de outros usuários.

"As diferentes culturas do mundo entendem a liberdade de expressão de formas diferentes. É impossível construir um único sistema de moderação que funcione no mundo todo", disse em entrevista coletiva após a apresentação dos resultados o cofundador e executivo-chefe da empresa, Mark Zuckerberg. EFE