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Pilotos da Air France mantêm greve

Funcionários da Air France se reuniram em frente à sede da empresa, na quarta-feira (24), nos arredores de Paris, em protesto contra a greve realizada pelos pilotos - Christophe Ena/EFE
Funcionários da Air France se reuniram em frente à sede da empresa, na quarta-feira (24), nos arredores de Paris, em protesto contra a greve realizada pelos pilotos Imagem: Christophe Ena/EFE

Em Paris (França)

27/09/2014 11h41

A Air France continua paralisada neste sábado (27) pela greve de seus pilotos, que entrou em seu 13º dia sem solução à vista, apesar da pressão do governo para impedir um movimento que pesa sobre as contas e a imagem da empresa.

As negociações foram novamente interrompidas, e o SNPL, sindicato majoritário dos pilotos, ameaça estender a mobilização para além de 30 de setembro.

Metade dos aviões da Air France permanece em solo desde o início da paralisação, em 15 de setembro, e a mobilização permanece forte. A companhia espera uma adesão de 54% à greve neste domingo, dia em que deve garantir apenas 45% dos voos.

O conflito gira em torno do desenvolvimento, pela Air France, de uma filial de baixo custo, considerada estratégica pela direção da companhia e especialistas do setor para garantir o futuro do grupo, em restruturação financeira há três anos.

A empresa francesa, a segunda maior de transporte aéreo da Europa, atrás apenas da alemã Lufthansa, estima que a greve tenha causado um prejuízo diário entre 15 milhões e 20 milhões de euros.

A companhia aérea franco-holandesa quer se expandir no mercado de voos de baixo custo e captar as "oportunidades de crescimento" que esse segmento pode oferecer.


Já os pilotos de Air France temem que o plano de expansão na Europa da filial de baixo custo Transavia venha acompanhado de demissões, à medida que a empresa aumente suas bases fora da França e contrate pilotos em outros países e com outras condições trabalhistas.

Em agosto, a direção da Air France garantiu aos seus empregados que a próxima reformulação de sua rede de curto e médio alcance não causaria "nenhuma transferência" de pessoal, de contratos de trabalho ou de aviões. Essas promessas não parecem ter convencido os pilotos.