Luva ultrassensível pode ajudar a detectar câncer de mama, diz estudo
Tóquio, 25 Jan 2016 (AFP) - Uma equipe de pesquisadores japoneses e americanos anunciou ter desenvolvido um material sensível e muito adaptável que poderia, futuramente, ser usado em luvas especiais para detectar anomalias mamárias - e identificar um possível câncer de mama.
Este material semi-eletrônico a base de nanotubos de carbono pode formar uma luva muito fina capaz de medir precisamente as variações de pressão.
O meio científico sabe há anos que uma estrutura deste tipo pode em teoria constituir um excelente captor de deformações ou de pressão que aumenta a precisão dos dados com um mínimo de cálculos e recursos eletrônicos.
"Os dedos sensíveis de um médico experiente são capazes de detectar um tumor de pequeno tamanho, mas o que é sentido não pode ser medido" e se traduzir em dados numéricos que podem em seguida ser compartilhados, explicou à AFP o professor Takao Someya, da Universidade de Tóquio.
Este dispositivo também permitiria superar a falta de experiência ou de formação adequada à palpação de muitos médicos.
"No futuro nós poderíamos assim registrar e tornar tangíveis certas sensações que só podem ser percebidas por um médico experiente", explica o professor Someya.
O protótipo quadrado de 4,8 centímetros de largura avalia a pressão em 144 pontos simultaneamente.
"Os captores de pressão convencionais são bastante maleáveis para acomodar superfícies como a pele humana, mas não podem medir precisamente as variações de pressão quando são torcidos ou enrugados, o que os torna inutilizáveis sobre superfícies complexas e moldáveis", afirma em comunicado a equipe dos professores Takao Someya e Sungwon Lee, da Universidade de Tóquio associados a Zhigang Suo, da Universidade de Harvard.
"Testamos o desempenho do nosso sensor com um vaso sanguíneo artificial e, assim, verificou-se que poderia medir pequenas mudanças na pressão", disse a equipe cujo trabalho é detalhado em um artigo a ser publicado nesta terça-feira no site da revista científica britânica Nature Nanotechnology.
Esta membrana sintética é originalmente transparente mas uma vez a
A membrana sintética é originalmente transparente, mas uma vez montada com os transistores orgânicos, interruptores e circuitos, o todo se parece com uma folha de metal dourada, cuja espessura vai de 3,4 a 8 micrômetros (milionésimos de metro).
O produto ainda deve tornar-se mais durável antes que ossa ser utilizado em ambientes médicos, reconheceram os investigadores.
A cura do câncer é fortemente dependente da fase em que é detectada: quanto mais cedo, melhor o prognóstico, mas o custo e a restrição colocada em alguns exames de diagnóstico precoce desencorajam muitos pacientes a passar por isso regularmente.
Em 2013, um laboratório universitário japonês apresentou um protótipo capaz de detectar uma anormalidade no fluxo sanguíneo mamário como um possível sinal de câncer.
O objeto se apresentava na forma de uma bola que incorpora um sensor de díodo emissor de luz (LED) e um fototransistor para detecção de uma acumulação de sangue potencialmente relacionada com um tumor canceroso, explicou à AFP o professor Mineyuki Haruta.
kap-oh/uh/pt/mm
Este material semi-eletrônico a base de nanotubos de carbono pode formar uma luva muito fina capaz de medir precisamente as variações de pressão.
O meio científico sabe há anos que uma estrutura deste tipo pode em teoria constituir um excelente captor de deformações ou de pressão que aumenta a precisão dos dados com um mínimo de cálculos e recursos eletrônicos.
"Os dedos sensíveis de um médico experiente são capazes de detectar um tumor de pequeno tamanho, mas o que é sentido não pode ser medido" e se traduzir em dados numéricos que podem em seguida ser compartilhados, explicou à AFP o professor Takao Someya, da Universidade de Tóquio.
Este dispositivo também permitiria superar a falta de experiência ou de formação adequada à palpação de muitos médicos.
"No futuro nós poderíamos assim registrar e tornar tangíveis certas sensações que só podem ser percebidas por um médico experiente", explica o professor Someya.
O protótipo quadrado de 4,8 centímetros de largura avalia a pressão em 144 pontos simultaneamente.
"Os captores de pressão convencionais são bastante maleáveis para acomodar superfícies como a pele humana, mas não podem medir precisamente as variações de pressão quando são torcidos ou enrugados, o que os torna inutilizáveis sobre superfícies complexas e moldáveis", afirma em comunicado a equipe dos professores Takao Someya e Sungwon Lee, da Universidade de Tóquio associados a Zhigang Suo, da Universidade de Harvard.
"Testamos o desempenho do nosso sensor com um vaso sanguíneo artificial e, assim, verificou-se que poderia medir pequenas mudanças na pressão", disse a equipe cujo trabalho é detalhado em um artigo a ser publicado nesta terça-feira no site da revista científica britânica Nature Nanotechnology.
Esta membrana sintética é originalmente transparente mas uma vez a
A membrana sintética é originalmente transparente, mas uma vez montada com os transistores orgânicos, interruptores e circuitos, o todo se parece com uma folha de metal dourada, cuja espessura vai de 3,4 a 8 micrômetros (milionésimos de metro).
O produto ainda deve tornar-se mais durável antes que ossa ser utilizado em ambientes médicos, reconheceram os investigadores.
A cura do câncer é fortemente dependente da fase em que é detectada: quanto mais cedo, melhor o prognóstico, mas o custo e a restrição colocada em alguns exames de diagnóstico precoce desencorajam muitos pacientes a passar por isso regularmente.
Em 2013, um laboratório universitário japonês apresentou um protótipo capaz de detectar uma anormalidade no fluxo sanguíneo mamário como um possível sinal de câncer.
O objeto se apresentava na forma de uma bola que incorpora um sensor de díodo emissor de luz (LED) e um fototransistor para detecção de uma acumulação de sangue potencialmente relacionada com um tumor canceroso, explicou à AFP o professor Mineyuki Haruta.
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