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Funcionários públicos argentinos marcam segunda greve contra demissões de Macri

Mauricio Macri, presidente da Argentina - Marcos Brindicci/Reuters - 11.dez.2015
Mauricio Macri, presidente da Argentina Imagem: Marcos Brindicci/Reuters - 11.dez.2015

Em Buenos Aires (Argentina)

15/03/2016 16h25

Os funcionários públicos vão fazer um segundo dia de greve nacional na próxima quarta-feira (23) contra milhares de demissões na administração federal e nas provinciais promovidas pelo governo de Mauricio Macri desde que este assumiu o mandato, no dia 10 de dezembro de 2015, alegando ineficiência e modernização do Estado.

A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) convocou mobilizações em cidades de todo o país, com a adesão de professores universitários e profissionais de saúde.

"Reclamamos ao presidente Macri, aos governadores, que acabem com as demissões e habilitem espaços necessários para a reincorporação dos estatais afetados", declarou o secretário-geral da ATE, Hugo Godoy, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (15).

Segundo Godoy, as demissões no setor público rondaram os 28 mil postos entre o Estado nacional e as províncias, dos quais "conseguimos que se reincorporem 8.000", admitiu.

O governo de Macri justificou as demissões de funcionários públicos indicando que eles eram, na maioria, pessoas que entraram nas instituições públicas por militância política ou contratados que só querem receber seus salários.

No entanto, as denúncias de organizações defensoras de direitos trabalhistas se multiplicam com a demissão de milhares de funcionários de carreira em diferentes ministérios.