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Tailândia tem primeiros casos diagnosticados de bebês com microcefalia por Zika

30/09/2016 06h05

Bangcoc, 30 Set 2016 (AFP) - As autoridades da Tailândia confirmaram dois casos de microcefalia em bebês de mães contaminadas com o vírus da Zika, o que pode fazer do país, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o primeiro do sudeste asiático com o registro de uma contaminação in utero.

"Dois dos três bebês são microcéfalos pelo vírus da Zika", anunciou Wicharn Pawan, funcionário do ministério da Saúde.

Na terça-feira, o governo tailandês anunciou suspeitas sobre a microcefalia de três bebês nascidos de mães contaminadas com o vírus Zika e que publicaria os resultados das análises nesta sexta-feira.

Na quarta-feira, a OMS informou que se os casos fossem confirmados seriam os primeiros no sudeste da Ásia.

Até o momento haviam sido registrados casos de fetos contaminados por Zika durante a gravidez nas Filipinas e na Malásia. Mas não se estabeleceu uma responsabilidade direta pelo vírus.

As autoridades tailandesas acompanham 36 mulheres grávidas infectadas pelo Zika. Oito delas já deram à luz e três bebês nasceram com microcefalia, sendo que apenas dois podem ser atribuídos à Zika, de acordo com os exames.

Um quarto bebê, que ainda não nasceu, parece sofrer de microcefalia, mas sem relação com o vírus da Zika, de acordo com o ministério da Saúde.

O vírus da Zika está presente há vários anos no sudeste da Ásia.

Mas após a divulgação dos casos de microcefalia na América do Sul, a vigilância se tornou mais intensa em outros continentes.

O ministério da Saúde da Tailândia recorda que a cada ano entre 200 e 300 crianças com microcefalia nascem na Tailândia, até agora associada em muitos casos a outras doenças, como rubéola e catapora.

ask-dth/fp