Morre ex-ministro venezuelano Luis Miquilena, pai político de Chávez
Caracas, 25 Nov 2016 (AFP) - O ex-ministro Luis Miquilena, considerado pelo falecido presidente da Venezuela Hugo Chávez como seu pai político, faleceu aos 97 anos, nesta quinta-feira (24) - informaram familiares.
Ex-presidente da Assembleia Constituinte que redigiu a atual Carta Magna, em 1999, Miquilena morreu por causas naturais em sua casa em Caracas.
Miquilena militou no Partido Comunista da Venezuela (PCV) desde os 14 anos e fundou, junto com Chávez, o extinto Movimento Quinta República (MVR), com o qual o tenente-coronel chegou à presidência em 1998.
Ficou preso durante o governo de Marcos Pérez Jiménez (1953-1958) e contribuiu para a base ideológica do chavismo, com o qual veio a romper anos mais tarde, em meio a acusações mútuas de traição e de corrupção.
Nos últimos anos, foi um duro crítico do presidente Nicolás Maduro.
"Era conhecido por ser um homem reflexivo e respeitável. Tinha muita ascendência sobre Chávez, que o ouvia muito", comentou a ex-ministra do Meio Ambiente Ana Elisa Osorio, em conversa com a AFP.
Foi o primeiro ministro do Interior de Chávez, cargo no qual permaneceu por cinco meses em 1999 e que voltou a ocupar entre 2001 e 2002.
A ruptura se deu antes da tentativa de golpe de Estado de abril de 2002, que tirou Chávez do poder por 72 horas e deixou 19 mortos em Caracas. Desde então, Miquilena passou a afirmar que o governo tinha "as mãos manchadas de sangue".
A "corrupção", a estreita relação de Chávez com o governo cubano e a "militarização do projeto" político foram as causas do afastamento, comentou o ex-constituinte Alberto Hernández.
Para o veterano opositor de esquerda Américo Martín, Miquilena cometeu um erro ao "apoiar Chávez" e, depois, perdeu amigos ao se separar do governo socialista.
mjr-avs/axm/fj/tt
Ex-presidente da Assembleia Constituinte que redigiu a atual Carta Magna, em 1999, Miquilena morreu por causas naturais em sua casa em Caracas.
Miquilena militou no Partido Comunista da Venezuela (PCV) desde os 14 anos e fundou, junto com Chávez, o extinto Movimento Quinta República (MVR), com o qual o tenente-coronel chegou à presidência em 1998.
Ficou preso durante o governo de Marcos Pérez Jiménez (1953-1958) e contribuiu para a base ideológica do chavismo, com o qual veio a romper anos mais tarde, em meio a acusações mútuas de traição e de corrupção.
Nos últimos anos, foi um duro crítico do presidente Nicolás Maduro.
"Era conhecido por ser um homem reflexivo e respeitável. Tinha muita ascendência sobre Chávez, que o ouvia muito", comentou a ex-ministra do Meio Ambiente Ana Elisa Osorio, em conversa com a AFP.
Foi o primeiro ministro do Interior de Chávez, cargo no qual permaneceu por cinco meses em 1999 e que voltou a ocupar entre 2001 e 2002.
A ruptura se deu antes da tentativa de golpe de Estado de abril de 2002, que tirou Chávez do poder por 72 horas e deixou 19 mortos em Caracas. Desde então, Miquilena passou a afirmar que o governo tinha "as mãos manchadas de sangue".
A "corrupção", a estreita relação de Chávez com o governo cubano e a "militarização do projeto" político foram as causas do afastamento, comentou o ex-constituinte Alberto Hernández.
Para o veterano opositor de esquerda Américo Martín, Miquilena cometeu um erro ao "apoiar Chávez" e, depois, perdeu amigos ao se separar do governo socialista.
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