Mulheres e minorias ganharam mais espaço em Hollywood
Los Angeles, 22 Fev 2017 (AFP) - As mulheres e as minorias estão mais representadas em Hollywood e no próximo Oscar, mas continuam sub-representadas na indústria americana do entretenimento, destaca o Relatório 2017 sobre a Diversidade em Hollywwod, em sua quarta edição.
A pesquisa, elaborada pelo centro de estudos afro-americanos Ralph J. Bunche, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), analisou 200 filmes de 2015 que foram sucessos de bilheteria, assim como 1.206 programas de televisão que foram ao ar durante a temporada de 2014-2015.
Também fez um acompanhamento da contratação das mulheres e de representantes de minorias em 11 tipos de trabalhos, nas telas e atrás das câmeras.
"Desde o último relatório, a boa notícia é que as minorias e as mulheres fizeram alguns progressos, particularmente na televisão, que atualmente vive o que poderia ser caracterizado como uma 'idade de ouro'", diz o texto.
"A má notícia é que, apesar destes avanços, as minorias e as mulheres continuam sendo sub-representadas em todas as medidas na televisão durante a temporada 2014-15", acrescenta.
O estudo é divulgado dias antes da entrega dos prêmios Oscar, que nos últimos anos foram fortemente criticados porque nas indicações das principais categorias só apareciam artistas brancos.
Neste ano, porém, um número recorde de atores negros foram indicados para a premiação, que acontecerá no próximo domingo em Hollywood.
Longo caminho a percorrerO documento da UCLA aponta que, apesar deste avanço, "a exclusão de negros e mulheres em Hollywood continua sendo uma preocupação".
"Embora tenha havido algumas melhoras, especialmente na televisão, os números continuam sendo desalentadores em todos os âmbitos", disse Darnell Hunt, autor principal do relatório e diretor do centro Bunche.
As minorias constituem 40% da população dos Estados Unidos, mas só 13,6% dos protagonistas dos filmes e apenas 10,1% dos diretores de Hollywood pertencem a elas, lembra o estudo.
Em relação às mulheres, apesar de formarem metade da população dos Estados Unidos, têm só 29% dos papéis principais em filmes, e menos de 10% dos diretores dos 200 longa-metragens principais de 2015 eram mulheres.
"Em termos de sofisticação de conteúdos, poderíamos considerar que a televisão está em uma espécie de idade de ouro", disse Hunt, que também preside o Departamento de Sociologia da UCLA.
"No entanto, em termos de representatividade e oportunidades, ainda temos um longo caminho a percorrer", acrescentou.
"Os homens brancos ainda são dominantes" na indústria do entretenimento americana, e "as pessoas negras lutam para conseguir as oportunidades", ressaltou Hunt.
Espetáculos como "Empire", cujo elenco é integrado fundamentalmente por negros, e "Transparent", uma comédia dramática sobre um patriarca transgênero de uma família da Califórnia, ajudaram a agenda de diversidade de Hollywood a avançar, mas foram insuficientes, destaca o documento.
O relatório aponta que a indústria deve ter em conta o poder aquisitivo das minorias, que em 2015 compraram 45% dos ingressos de cinema nos Estados Unidos, destacou Ana Cristina Ramón, coautora do estudo e diretora assistente do Bunche Center.
A pesquisa, elaborada pelo centro de estudos afro-americanos Ralph J. Bunche, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), analisou 200 filmes de 2015 que foram sucessos de bilheteria, assim como 1.206 programas de televisão que foram ao ar durante a temporada de 2014-2015.
Também fez um acompanhamento da contratação das mulheres e de representantes de minorias em 11 tipos de trabalhos, nas telas e atrás das câmeras.
"Desde o último relatório, a boa notícia é que as minorias e as mulheres fizeram alguns progressos, particularmente na televisão, que atualmente vive o que poderia ser caracterizado como uma 'idade de ouro'", diz o texto.
"A má notícia é que, apesar destes avanços, as minorias e as mulheres continuam sendo sub-representadas em todas as medidas na televisão durante a temporada 2014-15", acrescenta.
O estudo é divulgado dias antes da entrega dos prêmios Oscar, que nos últimos anos foram fortemente criticados porque nas indicações das principais categorias só apareciam artistas brancos.
Neste ano, porém, um número recorde de atores negros foram indicados para a premiação, que acontecerá no próximo domingo em Hollywood.
Longo caminho a percorrerO documento da UCLA aponta que, apesar deste avanço, "a exclusão de negros e mulheres em Hollywood continua sendo uma preocupação".
"Embora tenha havido algumas melhoras, especialmente na televisão, os números continuam sendo desalentadores em todos os âmbitos", disse Darnell Hunt, autor principal do relatório e diretor do centro Bunche.
As minorias constituem 40% da população dos Estados Unidos, mas só 13,6% dos protagonistas dos filmes e apenas 10,1% dos diretores de Hollywood pertencem a elas, lembra o estudo.
Em relação às mulheres, apesar de formarem metade da população dos Estados Unidos, têm só 29% dos papéis principais em filmes, e menos de 10% dos diretores dos 200 longa-metragens principais de 2015 eram mulheres.
"Em termos de sofisticação de conteúdos, poderíamos considerar que a televisão está em uma espécie de idade de ouro", disse Hunt, que também preside o Departamento de Sociologia da UCLA.
"No entanto, em termos de representatividade e oportunidades, ainda temos um longo caminho a percorrer", acrescentou.
"Os homens brancos ainda são dominantes" na indústria do entretenimento americana, e "as pessoas negras lutam para conseguir as oportunidades", ressaltou Hunt.
Espetáculos como "Empire", cujo elenco é integrado fundamentalmente por negros, e "Transparent", uma comédia dramática sobre um patriarca transgênero de uma família da Califórnia, ajudaram a agenda de diversidade de Hollywood a avançar, mas foram insuficientes, destaca o documento.
O relatório aponta que a indústria deve ter em conta o poder aquisitivo das minorias, que em 2015 compraram 45% dos ingressos de cinema nos Estados Unidos, destacou Ana Cristina Ramón, coautora do estudo e diretora assistente do Bunche Center.
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