Tufão Hato deixa 12 mortos em passagem por Macau e sul da China

Ao menos doze pessoas morreram em Macau e no sul da China com a passagem do tufão Hato, que também varreu o território chinês de Hong Kong, onde provocou um rastro de destruição.
Na ex-colônia portuguesa, a passagem do tufão, nesta quarta-feira (23), provocou oito mortes e grandes inundações.
Na vizinha província de Guangdong, no sul da China, o tufão deixou ao menos quatro mortos e cerca de 27 mil desabrigados, que estão em refúgios temporários, revelou a agência oficial Xinhua.
Em Macau, uma das vítimas morreu no desabamento de um muro, outra caiu do quarto andar de um prédio e uma terceira, um turista chinês, foi atropelada por um caminhão.
O governo informou ainda que o corpo de um homem foi encontrado em um estacionamento na manhã desta quinta-feira (24), sem dar maiores detalhes.
Três homens - com idades entre 30 e 65 anos - também estão entre as vítimas.
A energia elétrica foi cortada em vários pontos de Macau, mas a maioria dos cassinos, como o gigantesco Venetian, permaneceram abertos graças a geradores.
O Grande Lisboa, no entanto, teve que interromper as mesas de jogo e fechar os restaurantes por falta de energia elétrica.
As autoridades de Macau se viram obrigadas a limitar o fornecimento de água potável.
Em Hong Kong, o tufão Hato também provocou estragos, deixando 120 feridos e mais de 300 desabrigados.
Um homem de 83 anos morreu no mar, mas as autoridades concluíram que foi um suicídio.
Os fortes ventos e as chuvas torrenciais provocaram a suspensão de vários voos e o fechamento da Bolsa.
A meteorologia elevou o nível de alerta ao grau 10, o máximo.
Esta é a primeira vez em cinco anos que as autoridades recorrem a este nível de alerta, e a terceira desde 1997, quando a ex-colônia britânica foi devolvida a China.
Ondas gigantes foram registradas e vários bairros ficaram inundados.
As rajadas de vento chegaram a 207 km/h e derrubaram janelas e vitrines, assim como árvores.
"Estava na varanda quando uma árvore passou voando diante de casa", disse David Colson, morador de Yuen Long, noroeste de Hong Kong.
A companhia Cathay Pacific cancelou a maioria dos voos previstos para esta quarta-feira, uma medida também adotada pela Hong Kong Airlines.
O aeroporto de Hong Kong informou que 420 voos foram cancelados.
O tufão passou a 60 km de Hong Kong antes de tocar a terra em Zhuhai, sul da China, onde milhares de pessoas já haviam abandonado suas casas por precaução, informou a agência Xinhua.
Hong Kong é afetado com frequência por tufões entre julho e outubro, mas um impacto direto como o provocado pelo Hato é incomum.
Em 1962, o tufão Wanda, com ventos de 284 km/h, matou 130 pessoas e deixou 72 mil desabrigados.
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