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Tufão Hato deixa 12 mortos em passagem por Macau e sul da China

Pessoas fazem fila para coletar água potável em hidrante em Macau nesta quinta-feira - Anthony Wallace/AFP Photo
Pessoas fazem fila para coletar água potável em hidrante em Macau nesta quinta-feira Imagem: Anthony Wallace/AFP Photo

Em Hong Kong

24/08/2017 01h29

Ao menos doze pessoas morreram em Macau e no sul da China com a passagem do tufão Hato, que também varreu o território chinês de Hong Kong, onde provocou um rastro de destruição.

Na ex-colônia portuguesa, a passagem do tufão, nesta quarta-feira (23), provocou oito mortes e grandes inundações.

Na vizinha província de Guangdong, no sul da China, o tufão deixou ao menos quatro mortos e cerca de 27 mil desabrigados, que estão em refúgios temporários, revelou a agência oficial Xinhua.

Em Macau, uma das vítimas morreu no desabamento de um muro, outra caiu do quarto andar de um prédio e uma terceira, um turista chinês, foi atropelada por um caminhão.

O governo informou ainda que o corpo de um homem foi encontrado em um estacionamento na manhã desta quinta-feira (24), sem dar maiores detalhes.

Três homens - com idades entre 30 e 65 anos - também estão entre as vítimas.

A energia elétrica foi cortada em vários pontos de Macau, mas a maioria dos cassinos, como o gigantesco Venetian, permaneceram abertos graças a geradores.

O Grande Lisboa, no entanto, teve que interromper as mesas de jogo e fechar os restaurantes por falta de energia elétrica.

23.ago.2017 - Mulheres caminham em rua alagada na cidade de Dongguan, atingida pelo tufão - Reuters - Reuters
Mulheres caminham em rua alagada na cidade de Dongguan, na província de Guangdong
Imagem: Reuters

As autoridades de Macau se viram obrigadas a limitar o fornecimento de água potável.

Em Hong Kong, o tufão Hato também provocou estragos, deixando 120 feridos e mais de 300 desabrigados.

Um homem de 83 anos morreu no mar, mas as autoridades concluíram que foi um suicídio.

Os fortes ventos e as chuvas torrenciais provocaram a suspensão de vários voos e o fechamento da Bolsa.

A meteorologia elevou o nível de alerta ao grau 10, o máximo.

Esta é a primeira vez em cinco anos que as autoridades recorrem a este nível de alerta, e a terceira desde 1997, quando a ex-colônia britânica foi devolvida a China.

Ondas gigantes foram registradas e vários bairros ficaram inundados.

As rajadas de vento chegaram a 207 km/h e derrubaram janelas e vitrines, assim como árvores.

"Estava na varanda quando uma árvore passou voando diante de casa", disse David Colson, morador de Yuen Long, noroeste de Hong Kong.

23.ago.2017 - Homem tira fotos enquanto vento forte, provocado por tufão, atinge Hong Kong - Apple Daily via AP - Apple Daily via AP
Homem tira fotos enquanto vento forte, provocado por tufão, atinge Hong Kong
Imagem: Apple Daily via AP
Exceto por alguns aventureiros que tentavam filmar o tufão, as ruas de Hong Kong estavam desertas.

A companhia Cathay Pacific cancelou a maioria dos voos previstos para esta quarta-feira, uma medida também adotada pela Hong Kong Airlines.

O aeroporto de Hong Kong informou que 420 voos foram cancelados.

O tufão passou a 60 km de Hong Kong antes de tocar a terra em Zhuhai, sul da China, onde milhares de pessoas já haviam abandonado suas casas por precaução, informou a agência Xinhua.

Hong Kong é afetado com frequência por tufões entre julho e outubro, mas um impacto direto como o provocado pelo Hato é incomum.

Em 1962, o tufão Wanda, com ventos de 284 km/h, matou 130 pessoas e deixou 72 mil desabrigados.