Depois do Texas, Harvey chega à Louisiana
Nova Orleans, Estados Unidos, 31 Ago 2017 (AFP) - Enfraquecido a depressão tropical, Harvey começou a atingir nesta quarta-feira o estado da Louisiana, após deixar o Texas sob as águas e um rastro de destruição que inclui 23 mortos, sendo seis membros de uma mesma família.
Nesta quarta-feira, as precipitações deram uma folga em Houston - a quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos - e foi possível recuperar os corpos de um casal e seus quatro bisnetos em um automóvel arrastado pelas águas durante o final de semana.
Até o momento foi confirmado o falecimento de 10 pessoas, em diversos condados do sudeste do Texas, mas ocorreram outros 23 óbitos "potencialmente vinculados ao Harvey", anunciou Tricia Bentley, porta-voz do gabinete de medicina legal do condado de Harris, onde se encontra a cidade de Houston.
As autoridades temem que o número de mortos cresça à medida em que as águas baixem e se tenha acesso às zonas inundadas.
Os operadores de uma indústria química inundada nos arredores de Houston alertaram que estão lidando com um "problema crítico" desencadeado pelas águas e que não têm meios para evitar uma possível explosão no local.
Como medida de precaução, já foi ordenada a evacuação de uma área de três quilômetros em torno da fábrica de peróxidos orgânicos no condado de Harris, que pertence ao grupo francês Arkema.
"Aos americanos que perderam seus entes queridos, os Estados Unidos estão de luto por vocês, e nossos corações estarão sempre unidos aos seus", disse o presidente Donald Trump um dia após visitar zonas afetadas no Texas.
As chuvas provocaram inundações em zonas do sudeste do Texas e sudoeste da Louisiana, declarada em estado de emergência na segunda-feira por Trump.
O oeste da Louisiana era atingido por fortes ventos, e espera-se entre 125 mm e 250 mm de chuva na região.
Harvey perdeu força gradualmente para se tornar depressão tropical nesta quarta à noite.
Nova Orleans, que na terça-feira recordou o 12º aniversário do devastador furacão Katrina, que deixou 1.800 mortos, prepara-se para intensas chuvas e inundações repentinas nos próximos dois dias.
Os efeitos de Harvey já alcançavam partes da famosa cidade do jazz e do carnaval, particularmente vulnerável porque possui zonas construídas abaixo do nível do mar e já sofreu uma grande inundação no início do mês, complicadas por falhas em seu sistema de drenagem.
O escritório em Nova Orleans do Serviço Nacional de Meteorologia (NWS, sigla em inglês) alertou para a ameaça de fortes chuvas no sudeste da Louisiana e sul do Mississippi, que continuarão na quinta-feira.
O prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu, pediu aos moradores que "fiquem vigilantes e sejam cautelosos".
Debra Wernes, de 65 anos, que sofreu com o Katrina, viajou a Nova Orleans para ajudar como voluntária. "É de partir o coração", declarou em lágrimas.
- Esforços de resgate -Harvey volta a atingir o sul dos Estados Unidos após provocar precipitações recordes no Texas, onde as equipes de emergência ainda lutavam para resgatar centenas de pessoas ainda presas nas inundações.
Na catástrofe, seis membros de uma mesma família morreram quando a van em que estavam foi arrastada pelas águas.
"Temos um total confirmado de seis mortos [...] dentro desta van", disse o chefe de Polícia do condado de Harris, Ed González, em coletiva após a queda no nível da água permitir localizar o veículo.
Manuel e Belia Saldivar, junto com quatro de seus bisnetos de entre seis e 16 anos, desapareceram no domingo enquanto tentavam fugir das inundações.
Em Houston, com 2,3 milhões de habitantes em sua região metropolitana, a tempestade transformou ruas em rios, e bairros em lagos, forçando mais de 8 mil pessoas a deixarem suas casas.
Na cidade, "é provável que as inundações continuem dias depois do fim da chuva", advertiu a secretária de Segurança Interna, Elaine Duke.
As autoridades estimam que cerca de 450 mil pessoas vão procurar ajuda do governo federal.
Na terça-feira, o prefeito de Houston, Sylvester Turner, decretou toque de recolher para ajudar nas buscas e evitar potenciais saques.
Apesar de tudo, Houston já começa a recuperar seu ritmo habitual: o metrô e a coleta de lixo serão retomados nesta quinta-feira, e alguns residentes começam a abandonar os refúgios para voltar para casa.
"Espero que apesar desta pesada tormenta, a cidade de Houston possa rapidamente voltar ao que era e logo ir mais além", disse Turner em entrevista coletiva.
Capital da indústria petrolífera americana, a suspensão da atividade de suas refinarias perturba o setor, embora haja reservas suficientes de petróleo.
O presidente Donald Trump, que enfrenta a primeira catástrofe natural de seu governo, elogiou o trabalho dos funcionários locais e federais.
"Depois de ter presenciado em primeira mão o horror e a devastação causados pelo furacão Harvey, meu coração está ainda mais com o grande povo do Texas", tuitou o presidente.
Em seu regresso a Washington no Air Force One, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, declarou que o presidente voltará ao Texas no sábado e talvez visite Louisiana, dependendo das condições meteorológicas.
Trump e a primeira-dama, Melania, evitaram visitar Houston para não atrapalhar os trabalhos de resgate.
bur-dw-mdo/yow/mr/mvv
GOLDMAN SACHS GROUP
ARKEMA
BARCLAYS
Nesta quarta-feira, as precipitações deram uma folga em Houston - a quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos - e foi possível recuperar os corpos de um casal e seus quatro bisnetos em um automóvel arrastado pelas águas durante o final de semana.
Até o momento foi confirmado o falecimento de 10 pessoas, em diversos condados do sudeste do Texas, mas ocorreram outros 23 óbitos "potencialmente vinculados ao Harvey", anunciou Tricia Bentley, porta-voz do gabinete de medicina legal do condado de Harris, onde se encontra a cidade de Houston.
As autoridades temem que o número de mortos cresça à medida em que as águas baixem e se tenha acesso às zonas inundadas.
Os operadores de uma indústria química inundada nos arredores de Houston alertaram que estão lidando com um "problema crítico" desencadeado pelas águas e que não têm meios para evitar uma possível explosão no local.
Como medida de precaução, já foi ordenada a evacuação de uma área de três quilômetros em torno da fábrica de peróxidos orgânicos no condado de Harris, que pertence ao grupo francês Arkema.
"Aos americanos que perderam seus entes queridos, os Estados Unidos estão de luto por vocês, e nossos corações estarão sempre unidos aos seus", disse o presidente Donald Trump um dia após visitar zonas afetadas no Texas.
As chuvas provocaram inundações em zonas do sudeste do Texas e sudoeste da Louisiana, declarada em estado de emergência na segunda-feira por Trump.
O oeste da Louisiana era atingido por fortes ventos, e espera-se entre 125 mm e 250 mm de chuva na região.
Harvey perdeu força gradualmente para se tornar depressão tropical nesta quarta à noite.
Nova Orleans, que na terça-feira recordou o 12º aniversário do devastador furacão Katrina, que deixou 1.800 mortos, prepara-se para intensas chuvas e inundações repentinas nos próximos dois dias.
Os efeitos de Harvey já alcançavam partes da famosa cidade do jazz e do carnaval, particularmente vulnerável porque possui zonas construídas abaixo do nível do mar e já sofreu uma grande inundação no início do mês, complicadas por falhas em seu sistema de drenagem.
O escritório em Nova Orleans do Serviço Nacional de Meteorologia (NWS, sigla em inglês) alertou para a ameaça de fortes chuvas no sudeste da Louisiana e sul do Mississippi, que continuarão na quinta-feira.
O prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu, pediu aos moradores que "fiquem vigilantes e sejam cautelosos".
Debra Wernes, de 65 anos, que sofreu com o Katrina, viajou a Nova Orleans para ajudar como voluntária. "É de partir o coração", declarou em lágrimas.
- Esforços de resgate -Harvey volta a atingir o sul dos Estados Unidos após provocar precipitações recordes no Texas, onde as equipes de emergência ainda lutavam para resgatar centenas de pessoas ainda presas nas inundações.
Na catástrofe, seis membros de uma mesma família morreram quando a van em que estavam foi arrastada pelas águas.
"Temos um total confirmado de seis mortos [...] dentro desta van", disse o chefe de Polícia do condado de Harris, Ed González, em coletiva após a queda no nível da água permitir localizar o veículo.
Manuel e Belia Saldivar, junto com quatro de seus bisnetos de entre seis e 16 anos, desapareceram no domingo enquanto tentavam fugir das inundações.
Em Houston, com 2,3 milhões de habitantes em sua região metropolitana, a tempestade transformou ruas em rios, e bairros em lagos, forçando mais de 8 mil pessoas a deixarem suas casas.
Na cidade, "é provável que as inundações continuem dias depois do fim da chuva", advertiu a secretária de Segurança Interna, Elaine Duke.
As autoridades estimam que cerca de 450 mil pessoas vão procurar ajuda do governo federal.
Na terça-feira, o prefeito de Houston, Sylvester Turner, decretou toque de recolher para ajudar nas buscas e evitar potenciais saques.
Apesar de tudo, Houston já começa a recuperar seu ritmo habitual: o metrô e a coleta de lixo serão retomados nesta quinta-feira, e alguns residentes começam a abandonar os refúgios para voltar para casa.
"Espero que apesar desta pesada tormenta, a cidade de Houston possa rapidamente voltar ao que era e logo ir mais além", disse Turner em entrevista coletiva.
Capital da indústria petrolífera americana, a suspensão da atividade de suas refinarias perturba o setor, embora haja reservas suficientes de petróleo.
O presidente Donald Trump, que enfrenta a primeira catástrofe natural de seu governo, elogiou o trabalho dos funcionários locais e federais.
"Depois de ter presenciado em primeira mão o horror e a devastação causados pelo furacão Harvey, meu coração está ainda mais com o grande povo do Texas", tuitou o presidente.
Em seu regresso a Washington no Air Force One, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, declarou que o presidente voltará ao Texas no sábado e talvez visite Louisiana, dependendo das condições meteorológicas.
Trump e a primeira-dama, Melania, evitaram visitar Houston para não atrapalhar os trabalhos de resgate.
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