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Cuba luta para manter vivas mulheres que sobreviveram à queda de avião; duas têm quadro 'desfavorável'

18.mai.2018 - Equipes de resgate trabalham em local da queda de avião nas imediações do aeropuerto José Martí, no município de Boyeros, nos arredores de Havana - Adalberto Roque/AFP
18.mai.2018 - Equipes de resgate trabalham em local da queda de avião nas imediações do aeropuerto José Martí, no município de Boyeros, nos arredores de Havana Imagem: Adalberto Roque/AFP

Havana (Cuba)

21/05/2018 14h48

As três cubanas que sobreviveram ao acidente aéreo em Havana, que deixou 110 mortos, têm "um alto risco de complicações", e duas delas apresentam um prognóstico "desfavorável", informou nesta segunda-feira (21) uma autoridade médica.

"As três pacientes continuam em um estado extremamente crítico, com alto risco de complicações", declarou à imprensa o médico Carlos Alberto Martínez, diretor do hospital Calixto García, onde são atendidas.

Martinez mudou de "reservado" para "desfavorável" o prognóstico médico de Grettel Landrovell, de 23 anos, que apresenta "traumatismo craniencefálico grave" e "dano neurológico grave". Também é "desfavorável" a situação de Emiley Sánchez (39), que tem queimaduras em 41% de seu corpo (34% delas são profundas).

A terceira sobrevivente foi identificada como Mailén Díaz, de 19 anos, que permanece com um prognóstico reservado. Martinez considerou positivo o fato de que a equipe médica que as atende conseguiu mantê-las "vivas 72 horas" após o acidente, mas ressaltou que "os problemas que elas apresentam são de alta severidade".

Ele alertou sobre "a possibilidade de surgimento de complicações que podem ofuscar o prognóstico médico" das três mulheres, que já passaram por várias cirurgias.

O Boeing 737-200 em que as três mulheres viajavam de Havana para Holguín (leste) caiu ao meio-dia de sexta-feira quando tinha acabado de decolar do aeroporto internacional na capital cubana, com um saldo de 110 mortos.

A aeronave, operada pela estatal Cubana de Aviación, pertencia à companhia mexicana Damojh (Global Air). O governo cubano conduz uma investigação e já identificou 33 dos mortos, alguns dos quais já foram enterrados em suas respectivas províncias. A maioria das vítimas era de Holguín.