Protestos nos EUA contra videogame sobre ataque a tiros em escola
Washington, 30 Mai 2018 (AFP) - Parentes e amigos de estudantes recentemente assassinados por disparos em suas escolas nos Estados Unidos lideram uma campanha contra o lançamento de um videogame que simula um ataque a tiros em uma escola.
"Active Shooter" sairá à venda em 6 de junho, segundo sua página de apresentação na plataforma de videogames Steam, propriedade da Valve Corporation.
O jogo, que custará entre 5 e 10 dólares, propõe aos jogadores assumir o papel de atirador, ou dos policiais que intervêm na situação.
Um trecho divulgado no site da Steam, o distribuidor digital do Valve, abre com o personagem do jogador como membro da SWAT, a polícia de elite americana, que entra em uma escola para enfrentar um atirador, antes de mudar para a perspectiva do agressor, com a ação marcada por uma trilha de heavy metal.
O curta termina com um rastro de corpos de estudantes que sujam um auditório, enquanto um quadro com estatísticas registra o número de policiais e civis assassinados.
"Desde que meu filho morreu em um ataque a tiros na escola, vi e ouvi muitos horrores nos últimos meses. Esse jogo é um dos piores", disse Fred Guttenberg, pai de um adolescente vítima de um atirador em fevereiro em uma escola de Parkland, na Flórida.
"Esta empresa deve enfrentar a ira de todos os que se preocupam com a segurança pública e escolar, e isso deveria começar imediatamente", reagiu Guttenberg no Twitter. "Não compre este jogo para seus filhos ou qualquer outro jogo fabricado por esta companhia", senteciou.
Ryan Petty, outro pai que perdeu sua filha em Parkland, disse que era "repugnante" que uma empresa de videogames fizesse uma "apresentação sedutora das tragédias que afetam nossas escolas em todo o país" e tire proveito disso.
Além de permitir aos jogadores eleger bandos, o game conta com modo multijogador e a possibilidade de competir como estudante desarmado que tenta sobreviver.
Bill Nelson, senador da Flórida, afirmou que é "imperdoável" a existência de um jogo deste tipo, e mais ainda quando há menos de quatro meses um jovem de 19 matou 17 pessoas na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, em um estado onde as armas são abundantes.
"Qualquer empresa que desenvolva um jogo como este na sequência de uma tragédia tão horrível deveria se envergonhar de si mesma", justificou.
Desde então, os Estados Unidos viveram outro ataque a tiros fatal em um escola, desta vez no Texas: um estudante de 17 anos, usando as armas de seu pai, matou 10 pessoas em 18 de maio.
Nesta terça-feira à tarde, mais de 100 mil pessoas haviam assinado uma petição no site change.org para exigir que a Valve Corporation não lance "Active Shooter".
Emma Gonzalez, David Hogg e Jaclyn Corin, jovens sobreviventes do ataque a tiros de Parkland, também juntaram suas vozes a este chamado.
Estes três se tornaram militantes muito importantes de um movimento nacional que pede uma legislação sobre armas mais severa no país.
"Active Shooter" sairá à venda em 6 de junho, segundo sua página de apresentação na plataforma de videogames Steam, propriedade da Valve Corporation.
O jogo, que custará entre 5 e 10 dólares, propõe aos jogadores assumir o papel de atirador, ou dos policiais que intervêm na situação.
Um trecho divulgado no site da Steam, o distribuidor digital do Valve, abre com o personagem do jogador como membro da SWAT, a polícia de elite americana, que entra em uma escola para enfrentar um atirador, antes de mudar para a perspectiva do agressor, com a ação marcada por uma trilha de heavy metal.
O curta termina com um rastro de corpos de estudantes que sujam um auditório, enquanto um quadro com estatísticas registra o número de policiais e civis assassinados.
"Desde que meu filho morreu em um ataque a tiros na escola, vi e ouvi muitos horrores nos últimos meses. Esse jogo é um dos piores", disse Fred Guttenberg, pai de um adolescente vítima de um atirador em fevereiro em uma escola de Parkland, na Flórida.
"Esta empresa deve enfrentar a ira de todos os que se preocupam com a segurança pública e escolar, e isso deveria começar imediatamente", reagiu Guttenberg no Twitter. "Não compre este jogo para seus filhos ou qualquer outro jogo fabricado por esta companhia", senteciou.
Ryan Petty, outro pai que perdeu sua filha em Parkland, disse que era "repugnante" que uma empresa de videogames fizesse uma "apresentação sedutora das tragédias que afetam nossas escolas em todo o país" e tire proveito disso.
Além de permitir aos jogadores eleger bandos, o game conta com modo multijogador e a possibilidade de competir como estudante desarmado que tenta sobreviver.
Bill Nelson, senador da Flórida, afirmou que é "imperdoável" a existência de um jogo deste tipo, e mais ainda quando há menos de quatro meses um jovem de 19 matou 17 pessoas na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, em um estado onde as armas são abundantes.
"Qualquer empresa que desenvolva um jogo como este na sequência de uma tragédia tão horrível deveria se envergonhar de si mesma", justificou.
Desde então, os Estados Unidos viveram outro ataque a tiros fatal em um escola, desta vez no Texas: um estudante de 17 anos, usando as armas de seu pai, matou 10 pessoas em 18 de maio.
Nesta terça-feira à tarde, mais de 100 mil pessoas haviam assinado uma petição no site change.org para exigir que a Valve Corporation não lance "Active Shooter".
Emma Gonzalez, David Hogg e Jaclyn Corin, jovens sobreviventes do ataque a tiros de Parkland, também juntaram suas vozes a este chamado.
Estes três se tornaram militantes muito importantes de um movimento nacional que pede uma legislação sobre armas mais severa no país.
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