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Europa desafia sanções dos EUA ao Irã: "protegeremos nossas empresas"

Homens de motocicleta em Teerã, capital do Irã - ATTA KENARE / AFP Photo
Homens de motocicleta em Teerã, capital do Irã Imagem: ATTA KENARE / AFP Photo

02/11/2018 16h17

França, Alemanha, Reino Unido e União Europeia (UE) condenaram nesta sexta-feira (2) que os Estados Unidos imponham novas sanções à economia iraniana, e prometeram proteger as empresas europeias que fazem negócios "legítimos" com Teerã, indicaram em um comunicado conjunto.

"Lamentamos profundamente a reimposição de sanções por parte dos Estados Unidos devido a sua saída do Plano de Ação Integral Conjunto"(JCPOA), assinala a declaração, referindo-se ao acordo nuclear de 2015 com o Irã.

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O acordo tinha como objetivo limitar as capacidades nucleares iranianas em troca de um alívio das sanções.

"Nós temos como objetivo proteger os atores econômicos europeus que estão comprometidos nas trocas comerciais legítimas com o Irã", acrescenta o comunicado, assinado pela chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e pelos ministros das Relações Exteriores de França, Jean-Yves Le Drian, Alemanha, Heiko Mass, e Reino Unido, Jeremy Hunt.

O acordo nuclear com o Irã "constitui um elemento maior da arquitetura mundial de não proliferação nuclear e da diplomacia multilateral (...) É essencial para a segurança da Europa, da região e do mundo inteiro", continua o comunicado.

"Na qualidade de signatários do JCPOA, estamos comprometidos em trabalhar especialmente para preservar e manter os circuitos financeiros operacionais com o Irã e garantir a continuidade das exportações de petróleo e gás iranianos", prossegue.

Os europeus afirmam que sobre "esses temas, assim como outros, o nosso trabalho continua", e "esses esforços se intensificaram no curso das últimas semanas", indica o comunicado.

Seis meses depois de se retirar do acordo nuclear iraniano, os Estados Unidos confirmaram nesta sexta que, na segunda-feira, restabelecerão suas sanções mais duras contra Teerã, que afetam principalmente o petróleo e os bancos.