Uma em cada três mulheres sofreu violência do companheiro nas Américas
Washington, 29 Nov 2018 (AFP) - Uma em cada três mulheres nos países das Américas sofreu, ao longo da vida, algum tipo de violência por parte de seu companheiro, alertaram nesta quinta-feira (29) especialistas da Opas.
Segundo o estudo realizado pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas), a prevalência da violência física e/ou sexual varia entre os países, de 14% a 60% da população feminina - este último é o caso da Bolívia.
"Na nossa região, a violência por parte do companheiro é a forma mais estendida de violência contra a mulher e afeta uma em cada três mulheres na América", disse Isabella Danel, diretora adjunta da Opas em uma conferência em Washington.
"Embora saibamos que o problema tem uma magnitude incrível e que há intervenções que podemos implementar para preveni-lo, continuamos sem políticas ou com políticas que não são financiadas para poder ver mudanças concretas", explicou à AFP Alessandra Guedes, conselheira regional sobre violência familiar na Opas.
O estudo, feito a a partir de pesquisas nacionais em 24 países, mostra que alguns tipos de violência diminuíram nos últimos 20 anos no Canadá, Colômbia, Guatemala, Haiti, México, Nicarágua e Peru.
No entanto, a organização advertiu que "algumas variações nos dados desses países foram muito pequenas e alguns indicadores não mudaram de forma linear".
A organização afirmou que a violência contra as mulheres implica muitas consequências para a saúde, entre elas a morte, seja por assassinato, suicídio ou por doenças associadas a infecções e casos de mortalidade materna.
Os especialistas advertiram sobre a dificuldade para conseguir os dados e indicaram que as estatísticas se basearam em pesquisas realizadas com grupos de mulheres de entre 15 e 49 anos, já que foram usados questionários feitos para medir a saúde reprodutiva.
"Na maioria dos países não podemos medir a tendência porque foram feitos apenas um ou dois estudos e estamos estudando isto há apenas 20 anos", explicou à AFP Mary C. Ellsberg, diretora do Instituto Global da Mulher da Universidade George Washington, que participou da conferência.
Ellsberg estudou ao longo dos anos o caso da Nicarágua, onde constatou que foi observada uma redução significativa da violência devido à confluência de uma mudança cultural, vontade política do governo e força da sociedade civil.
No caso da Nicarágua, a violência física por parte do companheiro caiu quase pela metade, passando de ser um fenômeno que afetava 11,9% das mulheres em 1998 a ter uma incidência em 6,1% da população feminina em 2012.
No entanto, a especialista advertiu que "quando essa vontade política se perde, como no caso da Nicarágua, onde houve uma forte repressão às defensoras dos direitos humanos, essas conquistas estão em risco de se perder".
Segundo o estudo realizado pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas), a prevalência da violência física e/ou sexual varia entre os países, de 14% a 60% da população feminina - este último é o caso da Bolívia.
"Na nossa região, a violência por parte do companheiro é a forma mais estendida de violência contra a mulher e afeta uma em cada três mulheres na América", disse Isabella Danel, diretora adjunta da Opas em uma conferência em Washington.
"Embora saibamos que o problema tem uma magnitude incrível e que há intervenções que podemos implementar para preveni-lo, continuamos sem políticas ou com políticas que não são financiadas para poder ver mudanças concretas", explicou à AFP Alessandra Guedes, conselheira regional sobre violência familiar na Opas.
O estudo, feito a a partir de pesquisas nacionais em 24 países, mostra que alguns tipos de violência diminuíram nos últimos 20 anos no Canadá, Colômbia, Guatemala, Haiti, México, Nicarágua e Peru.
No entanto, a organização advertiu que "algumas variações nos dados desses países foram muito pequenas e alguns indicadores não mudaram de forma linear".
A organização afirmou que a violência contra as mulheres implica muitas consequências para a saúde, entre elas a morte, seja por assassinato, suicídio ou por doenças associadas a infecções e casos de mortalidade materna.
Os especialistas advertiram sobre a dificuldade para conseguir os dados e indicaram que as estatísticas se basearam em pesquisas realizadas com grupos de mulheres de entre 15 e 49 anos, já que foram usados questionários feitos para medir a saúde reprodutiva.
"Na maioria dos países não podemos medir a tendência porque foram feitos apenas um ou dois estudos e estamos estudando isto há apenas 20 anos", explicou à AFP Mary C. Ellsberg, diretora do Instituto Global da Mulher da Universidade George Washington, que participou da conferência.
Ellsberg estudou ao longo dos anos o caso da Nicarágua, onde constatou que foi observada uma redução significativa da violência devido à confluência de uma mudança cultural, vontade política do governo e força da sociedade civil.
No caso da Nicarágua, a violência física por parte do companheiro caiu quase pela metade, passando de ser um fenômeno que afetava 11,9% das mulheres em 1998 a ter uma incidência em 6,1% da população feminina em 2012.
No entanto, a especialista advertiu que "quando essa vontade política se perde, como no caso da Nicarágua, onde houve uma forte repressão às defensoras dos direitos humanos, essas conquistas estão em risco de se perder".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.