Operários são demitidos após greves em fábricas têxteis em Bangladesh
Dacca, 16 Jan 2019 (AFP) - Centenas de pessoas foram demitidas de fábricas têxteis que produzem para marcas ocidentais em Bangladesh após fazerem greves para pedir salários melhores, disse a polícia nesta quarta-feira (16).
Depois de uma semana de protestos e confrontos violentos, que provocaram cortes de produção em vários estabelecimentos, a situação ficou mais calma nesta segunda devido a um acordo do governo para elevar os salários.
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Contudo, muitos funcionários voltaram no trabalho nesta quarta e descobriram que foram demitidos.
Um líder sindical afirmou que pelo menos 750 trabalhadores de diversas empresas de Ashulia encontraram a notificação de sua demissão com suas fotos coladas nas portas das fábricas.
"É injusto. Os donos fazem isso para gerar um clima de medo e para que ninguém se atreva a protestar ou exigir um salário justo", acrescentou o líder sindical, que pediu anonimato.
"A polícia disse para eu não provocar problemas. Senão, vou desaparecer", acrescentou.
Segundo a polícia e o diretor de uma das fábricas, 400 pessoas foram demitidas por prejudicar as instalações durante os protestos. Metade delas trabalham em uma fábrica de Ashulia chamada Metro Knitting and Dyeing.
O gerente da Metro Knitting, Atiqul Islam, explicou à AFP que a empresa denunciou quase 300 trabalhadores à polícia por destruir computadores e câmeras da fábrica.
A polícia confirmou a prisão de 12 pessoas por atos de vandalismo.
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HENNES & MAURITZ
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