Pompeo diz que EUA 'não estão encobrindo' o assassinato de Khashoggi
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, negou, nesta segunda-feira (11), que Washington está "encobrindo" o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi e prometeu ações, mesmo que o governo de Donald Trump não tenha respondido a questão dentro de um período estipulado pelo Congresso.
"Os Estados Unidos não estão encobrindo um assassinato", declarou à imprensa, quando perguntado sobre as fortes críticas feitas pelo senador americano Tim Kaine.
O Congresso americano deu um prazo até sexta-feira para o presidente Trump se pronunciar sobre o papel do príncipe herdeiro da Arábia Saudita no assassinato de Jamal Khashoggi, num momento em que a pressão internacional aumenta sobre o reino, mas também sobre Washington.
Trump deveria apontar e punir os responsáveis pela morte do jornalista saudita, assassinado e desmembrado no início de outubro no consulado de seu país em Istambul por um comando que viajou de Riad.
Esse prazo foi imposto pelos democratas e republicanos, que ativaram em 10 de outubro uma lei que dá 120 dias para o inquilino da Casa Branca tomar uma decisão.
No entanto, Trump rejeitou este ultimato e seu gabinete defendeu a "separação de poderes".
A administração americana "trabalha diligentemente" nesse caso e "continuará responsabilizando todos os responsáveis" com base nos elementos à sua disposição, declarou Pompeo.
Washington tem feito todo o possível para preservar uma aliança que é considerada essencial, embora essa questão tenha manchado profundamente a imagem dos líderes sauditas.
Pompeo deve se reunir nesta segunda-feira com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, antes de viajar para a Eslováquia na terça-feira, e depois para a Polônia.