As reações à prisão de Julian Assange
Londres, 11 Abr 2019 (AFP) - A prisão do fundador do WikiLeaks Julian Assange, asilado por sete anos na embaixada equatoriana em Londres, provocou reações em todo o mundo.
- ONU:
O Equador expõe Assange a "graves violações de seus direitos humanos", retirando a proteção diplomática, disse a Relatora Especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias da ONU, Agnes Callamard.
- RÚSSIA:
"A mão da 'democracia' estrangula a liberdade", disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, no Facebook.
- GRÃ BRETANHA:
"Ninguém está acima da lei", disse a primeira-ministra britânica Theresa May aos deputados.
- EQUADOR:
"A conduta desrespeitosa e agressiva do senhor Julian Assange, as declarações descorteses e ameaçadoras de sua organização aliada contra o Equador, levaram a situação a um ponto em que o asilo (...) é insustentável e inviável", disse em um vídeo o presidente Lenín Moreno.
- EX-PRESIDENTE EQUATORIANO RAFAEL CORREA:
O presidente equatoriano, Lenin Moreno, é o "maior traidor da história" da América Latina e cometeu "um crime que a humanidade jamais esquecerá", disse Correa, que concedeu asilo quando era presidente.
- AUSTRÁLIA:
A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, expressou sua "confiança" de que o fundador do Wikileaks receberá "tratamento justo nos processos judiciais que ele enfrenta no Reino Unido".
- WIKILEAKS:
O Equador "retirou ilegalmente asilo político a Assange em violação ao direito internacional", reagiu a organização fundada por Assange.
- EDWARD SNOWDEN:
"As imagens do embaixador equatoriano convidando a polícia secreta a entrar na embaixada para prender um editor - gostem ou não - de material jornalístico acabarão nos livros de história." Os críticos de Assange podem comemorar, mas é um dia sombrio para a liberdade de imprensa", disse o ex-consultor da Agência Nacional de Segurança (NSA), refugiado em Moscou.
- BALTAZAR GARZÓN, ADVOGADO DE ASSANGE:
Julian Assange é objeto de uma "perseguição política" dos Estados Unidos, disse Baltasar Garzón, que acusou o presidente equatoriano, Lenin Moreno, de mentir para justificar a retirada do asilo.
- VENEZUELA:
"O presidente Nicolás Maduro (...) expressa seu mais categórico rechaço à atroz decisão que privou do direito de asilo diplomático o cidadão australiano-equatoriano Julian Assange, e sua posterior detenção em Londres, executada de forma torpe e vergonhosa pela polícia britânica", afirmou o governo em comunicado.
- PAMELA ANDERSON:
A atriz americana, fã de Assange, se declarou "em estado de choque" pela prisão e denunciou "o mau aspecto" do fundador do Wikileaks quando ele foi preso. A Grã-Bretanha tornou-se "a puta dos Estados Unidos", tuitou a celebridade e agora defensora dos animais.
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