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Sobe para 24 o número de mortos no desabamento de prédio no Camboja

24/06/2019 06h03

Sihanoukville, Camboja, 24 Jun 2019 (AFP) - As equipes de emergência prosseguiam nesta segunda-feira com as buscas por vítimas do desabamento de de um edifício em construção, no qual morreram pelo menos 24 pessoas, sem esperanças de encontrar mais sobreviventes sob os escombros do imóvel de sete andares, que pertencia a uma empresa chinesa.

Os funcionários retiraram escombros durante a madrugada diante do primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, que visitou o local da tragédia, Sihanoukville, uma localidade que recebe importantes investimentos chineses.

"Não esperamos encontrar mais sobreviventes", afirmou à AFP um soldado que pediu anonimato.

As autoridades da província de Preah Sihanouk elevaram o balanço a 24 mortos, mesmo número de feridos.

Parentes das vítimas afirmaram acreditar que mais de 10 pessoas estão soterradas nos escombros do edifício, que desabou na madrugada de sábado, no momento em que dezenas de operários dormiam.

Sihanoukville era uma tranquila comunidade de pescadores até a chegada de mochileiros ocidentais, que foram seguidos por ricos turistas russos.

Nos últimos anos, a cidade conhecida por seus cassinos recebeu muitos investimentos chineses, o que deflagrou uma explosão imobiliária.

Atualmente, há 50 cassinos de cidadãos chineses e dezenas de complexos hoteleiros em construção.

Três cidadãos chineses e um gerente cambojano foram interrogados sobre o desabamento. O premier do Camboja atribuiu a tragédia à falta de cuidado da empresa construtora.

A embaixada da China no Camboja expressou condolências e defendeu uma "investigação exaustiva" sobre o papel dos três chineses e a causa do acidente.

A Organização Internacional do Trabalho calcula que o Camboja tem quase 200.000 trabalhadores no setor de construção, a maioria deles sem formação e que recebem salários diários, sem a proteção de acordos sindicais.

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