França julga suspeitas de preparar atentado em Paris em 2016
Paris, 21 Set 2019 (AFP) - Cinco supostas jihadistas e seu mentor, Rachid Kassim, que fazia propaganda para o Estado Islâmico (EI), provavelmente falecido no Iraque, serão julgados a partir de segunda-feira, três anos depois de um atentado frustrado perto de Notre Dame.
O caso demonstrou o papel ativo das mulheres na jihad, dispostas a cometer atentados na França por não terem conseguido viajar à Síria ou Iraque.
Esta é a primeira vez que cinco mulheres serão julgadas em um tribunal penal na França em um caso de "terrorismo" islamita. Uma sexta mulher comparecerá ao tribunal pelo delito de "não denunciar um crime terrorista".
Com idades entre 22 e 42 anos atualmente, as cinco acusadas são suspeitas de planejar ataques em 2016 sob as ordens de Rachid Kassim, que inspirou outros assassinatos na França no mesmo ano.
O então procurador de Paris, François Molins, citou um "comando terrorista composto por jovens mulheres totalmente receptivas à ideologia do Daesh", acrônimo árabe do Estado Islâmico.
Na madrugada de 4 de setembro de 2016, depois de enviar um vídeo de reivindicação a Rachid Kassim, duas acusadas, Ines Madani e Ornella Gilligmann, estacionaram diante de restaurantes próximos da catedral de Notre Dame com um veículo carregado com seis botijões de gás.
Depois de espalhar diesel no veículo, elas jogaram um cigarro em direção ao carro. Mas não conseguiram provocar a explosão porque este combustível dificilmente é inflamável.
As suspeitas foram detidas poucos dias depois em duas operações da polícia. O julgamento deve prosseguir até 11 de outubro.
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