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China lamenta críticas dos EUA à entrada da Venezuela no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela - Divulgação - 30.jan.2019/Palácio de Miraflores/Reuters
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela Imagem: Divulgação - 30.jan.2019/Palácio de Miraflores/Reuters

Em Pequim

18/10/2019 09h05

A China lamentou hoje as críticas dos Estados Unidos à Venezuela, que conquistou um assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU, uma decisão que também causou surpresa e protestos por parte de ONGs e outros países latino-americanos.

"O que os Estados Unidos disseram é absolutamente injustificável", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang.

"A escolha da Venezuela reflete a vontade da comunidade internacional, é razoável e justa", acrescentou o porta-voz, aconselhando os Estados Unidos "a não politizar questões relacionadas aos direitos humanos".

A Venezuela ganhou um assento no Conselho para o período 2020-2022, obtendo 105 votos de apoio dos 193 membros.

O Brasil ficou em segundo lugar, enquanto a Costa Rica, que tentou bloquear a Venezuela, não recebeu apoio suficiente.

A Venezuela obteve esse lugar, apesar de seu próprio histórico de direitos humanos ter sido questionado pela mesma organização.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro comemorou sua vitória, mas o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo criticou "os abusos hediondos do regime" apontados pela Alto Comissariada das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.