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Ministro da Saúde da Guatemala é demitido após críticas sobre gestão da pandemia

19/06/2020 19h35

Cidade da Guatemala, 19 Jun 2020 (AFP) - O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, demitiu nesta sexta-feira (19) o ministro da Saúde do país, Hugo Monroy, duramente criticado pela estratégia sanitária utilizada para combater a pandemia do novo coronavírus que soma quase 12.000 casos confirmados e cerca de 500 mortos no país.

Em um vídeo transmitido pelo governo, Giammattei disse que a demissão de Monroy e seus quatro vice-ministros ocorre por uma "renovação da equipe" à frente da Saúde por causa da "exaustão física e mental" em decorrência da pandemia.

Apesar da saída de Monroy, o presidente descreveu de forma positiva o tempo em que ele passou no cargo, que se ocupará de uma unidade que planejará a construção de sete hospitais no país.

A pasta será assumida por Amelia Flores, que já trabalhou em postos intermediários no ministério.

O trabalho de Monroy, que assumiu o Ministério da Saúde em janeiro deste ano, foi marcado por fortes críticas por causa dos hospitais lotados e por supostamente esconder informações sobre a pandemia.

Além disso, em várias ocasiões os funcionários da saúde que cuidam de pacientes infectados com a COVID-19 expressaram seu desconforto pela falta de EPIs e pelo atraso nos pagamentos.

Na última quarta, revelou-se que o vírus matou ao menos oito funcionários da saúde na Guatemala, entre médicos e enfermeiros, e deixou mais de 400 infectados no setor.

Monroy mostrou "evidente incapacidade de conduzir o Ministério da Saúde e dar uma resposta eficaz à crise" do novo coronavírus, disse a repórteres a deputada opositora Lucrecia Hernández Mack, do partido de centro-esquerda Semilla e ex-ministra da Saúde (2016-2017).

A Guatemala, que possui 17 milhões de habitantes, registrou até a última quarta 11.251 casos da COVID-19, com 432 mortos e 2.200 pessoas recuperadas.

O primeiro caso foi registrado em 13 de março e desde então, entre outras medidas, o governo estabeleceu o fechamento de shopping centers, proibiu o transporte público, restringiu a mobilidade de veículos em geral, incentivou o teletrabalho e impôs um toque de recolher parcial.

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