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Maduro pede investigação por 'roubo' de ouro venezuelano no Banco da Inglaterra

17.jun.2020 - De máscara, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, grava pronunciamento à televisão, em Caracas - Marcelo Garcia/Presidência da Venezuela/AFP
17.jun.2020 - De máscara, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, grava pronunciamento à televisão, em Caracas Imagem: Marcelo Garcia/Presidência da Venezuela/AFP

Da AFP, em Caracas

02/07/2020 21h19

O governo de Nicolás Maduro pediu hoje uma investigação para determinar "responsabilidades" pelo "roubo" de ouro venezuelano no Banco da Inglaterra, informou a vice-presidente Delcy Rodríguez à imprensa.

O pedido foi feito depois que um juiz britânico decidiu em favor do opositor Juan Guaidó — reconhecido pelo Reino Unido e outros cinquenta países como presidente interino da Venezuela — no litígio por um bilhão de dólares em ouro do país do Caribe bloqueado no Banco de Inglaterra.

A decisão impede que a administração de Maduro acesse esses ativos.

Um comunicado do governo socialista classificou a decisão como "absurda e incomum" e descreveu Guaidó como "líder de uma organização criminosa internacional para apreender ilegalmente os recursos" da Venezuela.

Guaidó celebrou a decisão. "Protegemos as reservas de ouro das garras da ditadura. Recebemos o reconhecimento dos tribunais da Inglaterra. Nossas reservas permanecerão como tal", escreveu no Twitter.

O Banco Central da Venezuela, controlado por Maduro, anunciou que irá recorrer.

O governo Maduro passou um ano e meio tentando, sem sucesso, recuperar mais de 30 toneladas de ouro, avaliadas em cerca de um bilhão de dólares, que pertencem à Venezuela e estão guardadas nos cofres do BoE.