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Americano nascido em Jerusalém obtém passaporte com "Israel" como lugar de nascimento

Essa medida simbólica é a última de uma série de decisões favoráveis a Israel tomadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump - Getty Images/iStockphoto
Essa medida simbólica é a última de uma série de decisões favoráveis a Israel tomadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump Imagem: Getty Images/iStockphoto

30/10/2020 11h53

Um americano nascido em Jerusalém recebeu pela primeira vez nesta sexta-feira um passaporte americano que menciona "Israel" como local de nascimento, o mais recente gesto do governo Trump em favor do Estado hebraico, a poucos dias da eleição presidencial americana.

Na manhã de hoje, um americano de 18 anos, nascido na Cidade Sagrada, recebeu seu passaporte com "Israel" como local de nascimento, em uma breve cerimônia na embaixada americana em Jerusalém.

"Menachem (...) esperou muito por este momento. Hoje dizemos a Menachem Zivitofsky: você tem um país de nascimento, o Estado de Israel", declarou o embaixador dos Estados Unidos em Israel, David Friedman, ao entregar-lhe o documento.

"Estou honrado em receber este passaporte", respondeu o jovem.

Até o momento, o consenso internacional estabelecia que o status de Jerusalém era indefinido em documentos oficiais.

Israel considera Jerusalém como sua capital "unificada e indivisível". Mas a comunidade internacional não reconhece a anexação da parte oriental ocupada da cidade, que os palestinos querem fazer da capital do Estado a que aspiram.

Ontem, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou que os solicitantes de passaporte poderiam escolher "Jerusalém" ou "Israel" como local de nascimento em seus documentos consulares, deixando "Jerusalém" como opção padrão.

Essa medida simbólica, a poucos dias das eleições presidenciais dos EUA, é a última de uma série de decisões favoráveis a Israel tomadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que está concorre a um segundo mandato.

A principal medida foi o reconhecimento unilateral de Jerusalém como a capital do país, o que causou um rompimento com os palestinos, que aspiram a fazer da parte leste da cidade a capital de seu futuro estado.