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Argentina tem acordos para obter 62 milhões de doses de vacinas contra covid-19

A Argentina recebeu até o momento 820 mil doses da vacina Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, para abastecer a campanha de vacinação - Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo
A Argentina recebeu até o momento 820 mil doses da vacina Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, para abastecer a campanha de vacinação Imagem: Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo

Em Buenos Aires

04/02/2021 00h17

O ministro argentino da Saúde, Ginés González García, afirmou ontem que o país tem contratos de abastecimento de vacinas contra a covid-19 para 62 milhões de doses.

"O número que temos hoje é bastante claro: temos 30 milhões (de doses) da vacina russa (Sputnik V), 22,4 milhões da AstraZeneca, mais 1,2 milhão também desta vacina e 9 milhões pelo mecanismo Covax", disse o ministro durante uma exposição perante a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados.

Segundo estes dados, o ministro disse que o governo tem contratos para imunizar toda a população argentina maior de 18 anos.

Embora não tenha dado detalhes sobre o cronograma de entregas para a campanha de vacinação, o ministro estimou que a Argentina tem "assegurado o estoque (de vacinas) até julho".

A Argentina recebeu até o momento 820.000 doses da vacina Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, para abastecer a campanha de vacinação voluntária, iniciada em 29 de dezembro.

Até o momento é a única vacina que tem disponível em seu território.

Segundo informou o ministro, foi apresentado à Rússia um pedido para ampliar o contrato de abastecimento original até chegar a 30 milhões de doses.

"Sabemos que o instituto Gamaleya está procurando uma planta de produção na Argentina para a sua vacina", disse o ministro, destacando que é "uma negociação entre particulares".

"Negociamos com vários fornecedores e temos certeza de ter provisão de várias vacinas", afirmou, ao descrever a situação de aquisição de imunizantes em nível internacional como uma "verdadeira guerra".

O ministro informou que o governo argentino também está em negociações com a Janssen (do grupo Johnson & Johnson) e com os chineses CanSino e Sinopharm.

Outro contrato com a Pfizer foi mal sucedido, devido aos requerimentos contratuais do laboratório, incompatíveis com as leis argentinas, indicou o ministro.

Segundo estimativas da pasta da Saúde com base no plano de vacinação projetado, a Argentina "poderá ter uma imunidade de rebanho depois de julho", informou González García.

"Até lá, vamos diminuindo a mortalidade e os efeitos graves" da doença mediante a vacinação, explicou.

Segundo o informe desta quarta-feira, a Argentina registrou 1.962.727 contágios e 48.539 falecidos em uma população de 44 milhões de habitantes.