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Incêndios florestais na Argentina deixam feridos, desaparecidos e evacuados

As chamas atingiram as localidades de Lago Puelo, El Bolsón, El Maitén, Epuyén, Futaleufú e El Hoyo - NIR EKDESMAN via REUTERS
As chamas atingiram as localidades de Lago Puelo, El Bolsón, El Maitén, Epuyén, Futaleufú e El Hoyo Imagem: NIR EKDESMAN via REUTERS

10/03/2021 16h47

Sete feridos, 15 desaparecidos, 200 evacuados e uma centena de residências atingidas pelas chamas. Este é o balanço provisório, nesta quarta-feira (10), da reativação dos incêndios florestais na Patagônia argentina, informaram fontes oficiais.

As chamas atingiram as localidades de Lago Puelo, El Bolsón, El Maitén, Epuyén, Futaleufú e El Hoyo, uma região de florestas e lagos, muito apreciada por turistas, perto da pré-cordilheira dos Andes.

"Vou apresentar uma denúncia penal porque se trata de incêndio intencional", disse o ministro do Ambiente, Juan Cabandié, em coletiva de imprensa.

Cerca de 200 pessoas tiveram que ser evacuadas de Lago Puelo, com "um balanço provisório de sete feridos, um deles com gravidade", destacou um informe do município.

"Há 15 pessoas desaparecidas, produto de que o fogo começou de forma simultânea e afetou mais de cem casas", disse Cabandié.

Em El Hoyo, "as chuvas foram tão intensas que apagaram o fogo, embora tenham ficado brasas sob a camada de cinzas e por isso há vigília", disse à AFP Alejandro Otero, porta-voz da comuna.

"É um incêndio provocado dentro da floresta e se dão as condições extremas para que se espalhe", disse à imprensa o prefeito de Lago Puelo, Augusto Sánchez.

O governo federal enviou um avião Hércules com 40 brigadistas que se juntarão aos 60 que já estão em operações com helicópteros e caminhões.

O fogo devastou no ano passado dezenas de milhares de hectares na Argentina. Noventa e cinco por cento dos incêndios foram provocados pelo homem, alguns com fins especulativos para cultivos ou negócios imobiliários, segundo um relatório do ministério do Ambiente.