Religiosos católicos são sequestrados no Haiti
Porto Príncipe, 12 Abr 2021 (AFP) - Sete religiosos católicos, entre eles dois franceses, foram sequestrados neste domingo no Haiti, informou à AFP o porta-voz da Conferência Episcopal do país caribenho, que enfrenta uma situação crescente de insegurança.
Os integrantes do grupo foram sequestrados pela manhã, em Croix-des-Bouquets, perto de Porto Príncipe, enquanto "se dirigiam à instalação de um novo sacerdote", contou o padre Loudger Mazile, segundo o qual os sequestradores exigiram 1 milhão de dólares de resgate.
A polícia suspeita de que um grupo armado atuante na região esteja por trás do sequestro, segundo uma fonte de suas fileiras. Procurada pela AFP, a embaixada da França não comentou o caso.
Os sequestros aumentaram nos últimos meses em Porto Príncipe e no interior do Haiti, o que mostra o poder crescente dos grupos armados. No mês passado, o governo haitiano decretou estado de emergência por um mês em alguns distritos da capital e numa região do interior, a fim de "restabelecer a autoridade do Estado" em áreas controladas por quadrilhas.
A violência e a instabilidade política geraram protestos recentes nas ruas da capital. Os sequestros afetam os mais ricos, mas também pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza, que representam a maioria da população.
O Haiti, país mais pobre das Américas, está há meses mergulhado em uma crise política profunda. O presidente Jovenel Moise estima que seu mandato será concluído em fevereiro de 2022, enquanto, para a oposição e parte da sociedade civil, ele terminou em fevereiro passado.
O desacordo se deve ao fato de Moise ter sido eleito em uma votação anulada por fraude e reeleito um ano depois. Sem um parlamento que funcione, em 2020 a crise se agravou e o presidente governa por decreto, o que alimenta uma desconfiança crescente envolvendo a sua administração.
Em meio ao contexto político instável, Moise convocou um referendo constitucional para o próximo mês de junho.
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