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Trabalhadores da saúde italianos vão à Justiça contra a obrigação de serem vacinados

Vacinação contra a covid-19 em Roma, na Itália - EFE
Vacinação contra a covid-19 em Roma, na Itália Imagem: EFE

03/07/2021 09h08

Roma - Trezentos trabalhadores do setor da saúde italiano recorreram à Justiça para solicitar que a obrigação do pessoal médico e sanitário de ser vacinado contra a covid-19 seja suspensa, informou a imprensa neste sábado (3).

O recurso foi interposto no tribunal administrativo de Brescia (norte) em nome do pessoal de saúde que trabalha na região da Lombardia, em Brescia, Cremona, Bérgamo e Mântua.

A audiência está marcada para 14 de julho.

"Não é uma batalha dos antivacinas, mas uma batalha democrática. As pessoas são obrigadas a correr um risco sob pena de não poderem exercer sua profissão", explicou o advogado Daniele Granara, autor da ação, citado pelo jornal Il Giornale di Brescia.

Ele também defende em juízo dezenas de profissionais da saúde suspensos por se recusarem a ser vacinados.

De fato, uma lei que entrou em vigor em abril prevê que "as pessoas que exerçam uma atividade em estruturas de saúde, públicas e privadas, em farmácias e clínicas privadas são obrigadas a vacinar-se (contra o coronavírus)".

Em caso de descumprimento, o infrator, se trabalhar em contato com o público, deve ser transferido a outro serviço ou suspenso sem direito a remuneração se o empregador não tiver novas tarefas a propor.

Vacinação na Itália

Além dos idosos e/ou vulneráveis, os profissionais da saúde, assim como os professores, foram os primeiros na Itália a serem vacinados.

Até o momento, 52,7 milhões de doses foram administradas no país. Cerca de 19,5 milhões de italianos estão vacinados, o que representa 36% da população com mais de 12 anos.

De acordo com dados recentes da Comissão de Emergência Covid-19, 45.750 dos 1,9 milhões de funcionários do setor da saúde (2,3%) ainda "esperam uma primeira dose ou uma dose única".