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Chanceler britânico se defende das críticas por retirada do Afeganistão

20/08/2021 11h18

Londres, 20 Ago 2021 (AFP) - O ministro britânico das Relações Exteriores, Dominic Raab, defendeu-se nesta sexta-feira (20) das críticas recebidas por não conversado com o chanceler afegão, de modo a facilitar a retirada dos que trabalharam com o Reino Unido neste país.

A imprensa britânica afirma que, em 13 de agosto (dois dias antes da queda de Cabul), funcionários do ministério aconselharam a equipe do ministro a telefonar para seu homólogo Haneef Atmar, visando a acelerar a retirada dos afegãos que ajudaram os militares britânicos.

Vários jornais afirmam que Raab estava de férias na ilha grega de Creta e confiou a tarefa de dar este telefonema a um ministro delegado - o que nunca aconteceu.

Muito criticado, Raab divulgou um comunicado, no qual se referiu a informações "inexatas" e explicou que não conseguiu falar com o ministro afegão por causa do rápido avanço dos talibãs.

"O ministro afegão das Relações Exteriores aceitou responder ao nosso apelo, mas não conseguiu fazer isso, devido à rápida deterioração da situação", alegou ele.

Além disso, disse ter delegado a ligação, porque "dava prioridade à segurança e às infraestruturas" do aeroporto de Cabul para que "os aviões pudessem decolar".

De acordo com Raab, isso permitiu retirar "204 cidadãos britânicos e suas famílias, funcionários afegãos e cidadãos de outros países" na manhã de segunda-feira (16). Desde então, 1.635 pessoas foram retiradas de avião, acrescentou.

A porta-voz do Partido Trabalhista (de oposição), Lisa Nandy, criticou o ministro por "estar deitado na espreguiçadeira, enquanto os talibãs avançavam".

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