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Trump tenta evitar depoimentos de ex-assessores sobre ataque ao Capitólio, diz mídia

Imagem mostra invasão de apoiadores do ex-presidente Donald Trump ao Capitólio                              -                                 TASOS KATOPODIS / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Imagem mostra invasão de apoiadores do ex-presidente Donald Trump ao Capitólio Imagem: TASOS KATOPODIS / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Da AFP, em Washington (EUA)

07/10/2021 21h56

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a quatro ex-assessores que não cooperem com uma investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro, reportou a imprensa americana nesta quinta-feira (7).

O jornal Washington Post e o site Politico noticiaram que Mark Meadows, Kash Patel, Dan Scavino e Steve Bannon foram instruídos a não colaborar com a investigação formal da Câmara dos Representantes sobre o motim dos apoiadores de Trump, que alguns observadores chamaram de insurreição.

Isso teria ocorrido horas após a publicação de um relatório condenatório do Senado detalhando os esforços de Trump para minar a autoridade do Departamento de Justiça e anular sua derrota eleitoral para Joe Biden.

Os advogados de Trump argumentaram em uma carta aos quatro ex-assessores que eles podem contar com o chamado "privilégio executivo" para manter suas comunicações confidenciais.

O comitê que investiga o ataque de 6 de janeiro convocou esses e outros envolvidos nos distúrbios, a fim de estabelecer as ligações entre a Casa Branca de Trump e as centenas de pessoas que invadiram o Capitólio para interromper a sessão destinada a certificar a vitória de Biden como novo presidente dos EUA.

Na época, Meadows era o chefe de gabinete da Casa Branca; Scavino gerenciava as redes sociais de Trump; Bannon era um ex-estrategista político que seguia atuando junto aos republicanos; e Patel era um conselheiro de segurança nacional da Casa Branca que Trump nomeou para um alto cargo no Pentágono após sua derrota eleitoral.

O comitê ordenou que os quatro entregassem documentos e dessem depoimentos na próxima semana.

Especialistas jurídicos levantaram dúvidas de que Trump possa reivindicar "privilégio executivo", mas a questão não tem muitos antecedentes na Justiça, e a Casa Branca afirmou que divulgaria os registros do ex-presidente até certo ponto para ajudar na investigação.

Este pedido de Trump pode forçar o comitê a se envolver em batalhas legais que podem prolongar a investigação.