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Empresário próximo a Maduro comparece a juiz dos EUA por suposta lavagem de dinheiro

18/10/2021 15h46

Miami, 18 Out 2021 (AFP) - O empresário colombiano Alex Saab, próximo ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, compareceu nesta segunda-feira (18) pela primeira vez diante de um juiz americano em Miami, que o notificou sobre sua acusação por lavagem de dinheiro, após sua extradição no sábado de Cabo Verde.

"Está aqui em seu comparecimento inicial por uma acusação de conspiração para cometer lavagem de dinheiro e sete acusações de lavagem de instrumentos monetários", declarou o juiz John J. O'Sullivan, do tribunal federal do distrito sudeste da Flórida, durante uma audiência celebrada por videoconferência.

A Justiça americana acusa o empresário de 49 anos e seu sócio Álvaro Pulido, que está desaparecido, de dirigirem uma ampla rede para desviar fundos de um sistema de subsídios alimentares na Venezuela.

Segundo Washington, ambos transferiram cerca de 350 milhões de dólares do país sul-americano para contas que controlavam nos Estados Unidos e em outros países. Se sua responsabilidade for confirmada, os acusados enfrentam penas de até 20 anos de prisão.

Saab estava detido em Cabo Verde desde sua prisão em junho de 2020, durante uma escala nesse arquipélago do noroeste da África, a pedido dos Estados Unidos.

Em julho de 2019, procuradores-federais em Miami o denunciaram junto com Pulido, um cidadão colombiano de 55 anos, por lavagem de dinheiro.

A próxima audiência do caso contra Saab será em 1º de novembro.

O acusado já anunciou no domingo que não vai colaborar com os Estados Unidos, segundo uma carta lida pela sua esposa em Caracas, diante de 300 pessoas reunidas em seu apoio.

"Não cometi nenhum crime", disse o empresário na carta.

Os Estados Unidos disseram que Maduro coloca o caso de Saab acima do "sustento de milhões" ao suspender diálogo com a oposição.

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