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Blinken denuncia 'campanha deliberada para matar, torturar, estuprar' em Bucha, na Ucrânia

05/04/2022 16h00

Washington, 5 Abr 2022 (AFP) - O secretário de Estado americano, Antony Blinken, denunciou, nesta terça-feira (05), uma "campanha deliberada para matar, torturar, estuprar" na cidade ucraniana de Bucha, onde foram encontrados dezenas de cadáveres após a retirada das tropas russas.

"O que vimos em Bucha não é um ato isolado de uma unidade solitária. É uma campanha para matar, torturar, estuprar, cometer atrocidades", declarou antes de viajar a Bruxelas.

"Isso reforça a nossa determinação e a determinação de países de todo o mundo de garantir que, de alguma maneira, quem cometeu esses atos prestem contas algum dia".

Blinken assegurou que os Estados Unidos estão trabalhando, como outros, para "reunir provas que respaldem os esforços do Ministério Público da Ucrânia" e os da comissão de investigação do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O secretário de Estado reiterou a "grande determinação" de Washington em apoiar a Ucrânia em "sua valente luta para repelir a agressão russa".

Em uma audiência no Congresso nesta terça-feira, o secretário de Defesa americano Lloyd Austin afirmou que os especialistas do Pentágono tentam determinar qual unidade ou quais unidades russas estavam em Bucha.

"Continuamos investigando e haverá um esforço significativo para estabelecer um vínculo entre os indivíduos que estiveram presentes no momento em que provavelmente aconteceram esses fatos", disse Austin. Por enquanto, "não sabemos ao certo, mas continuaremos tentando", afirmou.

A difusão nos meios de comunicação internacionais de fotos tiradas em Bucha nas quais são vistos cadáveres nas ruas, alguns com as mãos atadas atrás das costas ou parcialmente queimados, assim como fossas coletivas, provocou uma onda de indignação internacional.

Kiev acusa os soldados russos de ter massacrado civis. Moscou nega e afirma que é uma montagem das autoridades ucranianas.

O presidente americano, Joe Biden, afirmou, nesta segunda (04), que quer um "julgamento por crimes de guerra" na Ucrânia.

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