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Alemanha retira parte dos privilégios do ex-chanceler Schroeder por vínculos com a Rússia

19/05/2022 11h48

Berlim, 19 Mai 2022 (AFP) - Uma comissão parlamentar alemã retirou nesta quinta-feira (19) parte dos privilégios concedidos ao ex-chanceler Gerhard Schroeder, como a atribuição de escritórios, depois de constatar que ele não cumpriu as obrigações ao negar-se a cortar os vínculos com grupos de energia russos.

"As bancadas parlamentares da coalizão tiraram as consequências do comportamento do ex-chanceler e lobista Gerhard Schroeder ante a invasão russa da Ucrânia", afirma um comunicado do Parlamento.

"O gabinete do ex-chanceler deve ser suspenso", acrescenta.

Schroeder conservará, no entanto, a proteção policial e a pensão de ex-chanceler (1998-2005).

Como ex-chanceler, Schröder ainda tem direito a vários escritórios no Parlamento alemão e a um orçamento pessoal. Um privilégio que custa aos contribuintes 400.000 euros por ano (422.000 dólares).

O ex-chanceler, de 78 anos, virou uma figura incômoda, inclusive para o atual chefe de Governo, Olaf Scholz, do qual foi mentor.

Lobista do gás russo, ele provocou indignação depois de declarar ao jornal americano New York Times que só renunciará a sua participação em empresas russas se Moscou parar de fornecer gás à Alemanha.

O ex-chanceler é presidente do comitê de acionistas do Nord Stream AG, o polêmico gasoduto entre Rússia e Alemanha que não tem licença para operar, e presidente do conselho de administração da Rosneft, a maior empresa de petróleo da Rússia.

hmn/mar/pc/fp