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Condado de Maui processa empresa de energia por incêndio mortal no Havaí

Um incêndio florestal provocou destruição na ilha de Maui, em Lahaina, Havaí Imagem: COUNTY OF MAUI/via REUTERS

25/08/2023 18h48

O condado de Maui processou a Hawaii Electric Company (Heco) pelo incêndio que devastou a cidade de Lahaina, alegando que a tragédia poderia ter sido evitada se o serviço tivesse sido cortado.

A empresa de energia está sob escrutínio após o incêndio devastador que matou 115 pessoas naquela cidade da costa oeste da ilha de Maui, no Oceano Pacífico.

A ação, movida nesta quinta-feira (24), afirma que houve negligência por parte da Heco e de suas subsidiárias, uma vez que, apesar dos muitos alertas de ventos fortes devido à proximidade de um furacão, as linhas foram mantidas em funcionamento.

"Os demandados sabiam que os ventos fortes previstos poderiam derrubar postes, levando ao chão as linhas de energia e queimando a vegetação", explica a ação. Também "sabiam que, caso seu equipamento elétrico elevado pegasse fogo, o mesmo se propagaria a uma velocidade criticamente rápida".

Vídeos que circulam na internet, supostamente gravados antes de as chamas arrasarem a cidade, mostram a vegetação sendo consumida pelo fogo gerado por faíscas procedentes de cabos caídos no chão.

O condado, cujas autoridades foram criticadas por falta de preparo e por sua resposta falha à propagação das chamas, pede uma indenização não especificada à empresa de energia pelos danos gerados.

As empresas de energia do estado da Califórnia costumam interromper o serviço em longos trechos das linhas de distribuição quando há ventos fortes, uma estratégia que visa a evitar incêndios repentinos. No último dia 14, a diretora da Heco, Shelee Kimura, defendeu a decisão de manter as linhas ativas, argumentando que a eletricidade era necessária para bombear água até Lahaina.

Cálculos do governo federal sugerem que o incêndio tenha custado cerca de US$ 5,5 bilhões (R$ 27 bilhões) em danos.

Funcionários do condado de Maui divulgaram ontem uma lista com 388 nomes de pessoas cujo paradeiro é desconhecido. Segundo a polícia, o objetivo é pedir a quem tiver notícias das mesmas que entre em contato, uma prática comum após uma catástrofe.

hg/pr/llu/lb

© Agence France-Presse

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