Além de Trump, conheça outros "presos" famosos e suas fotos de fichas criminais
Tiradas no momento da detenção, as fotografias de identidade judicial chamadas em inglês de "mugshots," que determinam, com as impressões digitais, a identidade do acusado, têm a particularidade de sugerir culpa, embora a justiça ainda não tenha sido feita. Como resultado, estas são fotografias de "choque". Entretanto, os retratos de frente e de perfil, associados a um número de registro, de algumas personalidades acabaram fazendo história.
Primeiro ex-presidente americano a ser acusado criminalmente, Donald Trump também se torna o primeiro ex-chefe de estado americano a ser fotografado em processos judiciais. Apesar dos seus múltiplos reveses jurídicos, o republicano, candidato às eleições presidenciais de 2024, tinha conseguido evitar a foto até a última quinta-feira, até porque tal clichê "mugshot" tende a ser uma mancha na reputação das celebridades. Aqui estão seis delas, imortalizadas em poses nem um pouco glamourosas. Mas, em algumas situações, a personalidade soube tirar vantagem da situação.
Dominique Strauss-Kahn: o fim de uma ambição
Em maio de 2011, Dominique Strauss-Kahn, então diretor-geral do FMI e provável futuro candidato às eleições presidenciais francesas, foi preso e acusado de tentativa de estupro e agressão sexual contra uma camareira num hotel de Nova York. O chamado caso "Sofitel" destruiu suas esperanças de chegar ao Palácio do Eliseu. Uma verdadeira caçada foi montada para obter a fotografia do diretor como acusado. Esta foto, tirada em 16 de maio de 2011, marca o início da queda do político.
David Bowie: uma foto mantida pela polícia
Preso em 1976 em um hotel por posse de maconha, após um show no Community War Memorial, em Rochester, David Bowie passou a noite na prisão e foi liberado às 7h. Na foto, permanece a elegância do cantor, mesmo num momento pouco agradável e numa situação crítica, já que a posse de drogas era passível de quinze anos de prisão. Esta fotografia foi encontrada em 2007 nos pertences pessoais de um policial de Rochester.
Patty Hearst e a Síndrome de Estocolmo
Patricia Hearst, neta de um dos maiores chefes da imprensa americana, foi sequestrada em 1974 por um grupo terrorista de extrema esquerda denominado Exército Simbionês de Libertação. Poucos meses depois de seu sequestro, ela declara assumir a causa de seus sequestradores e comete diversos roubos com eles. Um caso que fascinou os americanos na época e que será frequentemente citado mais tarde como exemplo do que é a síndrome de Estocolmo. Patricia Hearst foi presa em São Francisco em 18 de setembro de 1975 e condenada a sete anos de prisão. De vítima de sequestro, ela se tornou culpada.
Jane Fonda reverteu a situação
Em 1970, a atriz americana foi presa no aeroporto de Cleveland por tráfico de drogas. Ela posa com o punho erguido, em plena mobilização contra a Guerra do Vietnã. As acusações foram rapidamente retiradas, quando os testes revelaram que a sua mala continha apenas vitaminas. "Com certeza me beneficiei muito com essa prisão", reconhece hoje a atriz, sempre tão engajada.
Dilma Rousseff, a combatente da resistência que se tornou presidente
Cabelo curto, óculos grossos, Dilma Rousseff, na década de 1960, lutou contra a ditadura militar no Brasil. Integrante da guerrilha de esquerda, ela se tornou uma das fugitivas mais procuradas do país. Ela foi presa em 1970 e torturada. A futura presidente do Brasil foi então apelidada de "Joana d'Arc da guerrilha".
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Quero receberJim Morrison: uma lenta descida ao inferno
Agressão indecente, grosseria ou embriaguez em público: Jim Morrison, vocalista do famoso grupo de rock The Doors, foi preso diversas vezes. Durante um show em Miami em 1969, ele quebrou recordes em termos de provocação. Enquanto toca Light My Fire, ele se ajoelha e simula uma relação sexual. Depois finge se despir. A imprensa enlouqueceu e a polícia o prendeu no ano seguinte. Foi o início de uma lenta descida ao inferno...
Rosa Parks, um sorriso para mudar a história
Em 1º de dezembro de 1955, em Montgomery, Alabama, Rosa Parks foi presa por se recusar a ceder lugar a um homem branco em um ônibus. Embora as fotografias de passaporte tiradas no momento de uma detenção muitas vezes contribuam para desumanizar e criminalizar as pessoas, esta mostra uma jovem com um olhar determinado, que não é, portanto, de forma alguma uma vítima. Começa então uma campanha de boicote à empresa de ônibus de Montgomery para recusar a política de segregação racial vigente no Alabama. Após 381 dias, Suprema Corte norte-americana declara inconstitucionais as leis do Alabama que impõem a segregação racial nos ônibus.
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