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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Putin diz que sua missão é 'construir um novo mundo'; crítica é à 'lógica de blocos'

Vladimir Putin, presidente da Rússia - Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS Vladimir Putin, presidente da Rússia - Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS
Vladimir Putin, presidente da Rússia Imagem: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS

05/10/2023 12h27Atualizada em 05/10/2023 15h02

A Rússia tem a missão de "construir um novo mundo", afirmou nesta quinta-feira (5) o presidente Vladimir Putin, para quem a ofensiva russa na Ucrânia é, sobretudo, uma resposta à "hegemonia" exercida pelas potências ocidentais.

"Enfrentamos essencialmente a tarefa de construir um novo mundo", declarou Putin em um fórum de debates políticos, onde denunciou a "arrogância" das potências ocidentais desde a queda da União Soviética.

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O líder russo acusou as potências ocidentais de buscarem a "hegemonia" global. "O Ocidente sempre precisa de um inimigo", enfatizou.

A ofensiva russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, não é um "conflito territorial", mas um acontecimento que determinará os "princípios, nos quais se baseará a nova ordem mundial", acrescentou.

"Não temos interesse em recuperar territórios", insistiu Putin, que reivindicou, no entanto, a anexação de quatro regiões ucranianas em setembro de 2022, depois da península da Crimeia em 2014.

Durante o fórum, o presidente também acusou os ocidentais de demonizarem a China e de "criarem um ambiente hostil para os muçulmanos".

Putin destacou, ainda, que a era em que as potências ocidentais impunham sua vontade ao mundo acabou "há muito tempo".

A Rússia quer viver em um "mundo aberto", em que as relações internacionais não sejam regidas por uma "lógica de blocos", mas pela busca de "soluções coletivas", disse.

Moscou justificou a ofensiva na Ucrânia pela vontade de Kiev de aderir à Otan, considerada como uma ameaça pela Rússia.

A ex-república soviética considera, no entanto, que a ofensiva russa procura se apoderar de seu território e ilustra a ambição imperialista de Moscou.


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