Otan pede a Israel 'proporcionalidade' na resposta ao ataque do Hamas
Os países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disseram ao ministro da Defesa de Israel, nesta quinta-feira (12), que apoiam seu país após o ataque do Hamas, mas instaram suas forças a responderem proporcionalmente, declarou a aliança em um comunicado.
Por videoconferência, o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, informou seus homólogos da aliança militar liderada pelos Estados Unidos sobre a situação em Israel e em Gaza.
Em uma breve declaração, a Otan informou que os aliados apoiam Israel e seu direito à defesa, mas pediram proporcionalidade na retaliação.
"Os aliados expressaram sua solidariedade a Israel, deixando claro que tem o direito de se defender proporcionalmente contra estes atos injustificáveis de terrorismo", afirmou o comunicado.
Também fizeram um apelo ao grupo islamita palestino Hamas para que "liberte, imediatamente, todos os reféns" e que "se ofereça a maior proteção possível aos civis".
De acordo com a nota, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, disse que a Otan "condenou os ataques terroristas nos termos mais enérgicos possíveis" e reforçou que "Israel não está sozinho".
A declaração acrescenta que "vários aliados da Otan deixaram claro que estão dando apoio prático a Israel, enquanto continua respondendo à situação".
O comunicado acrescenta que "os aliados também deixaram claro que nenhuma nação, ou organização, deveria tentar se aproveitar da situação, ou agravá-la".
Stoltenberg relatou que, durante a intervenção de Gallant, os ministros da Otan viram "um vídeo chocante".
Em uma mensagem na rede X (antigo Twitter), Gallant garantiu, por sua vez, ter informado os ministros da Otan sobre "as atrocidades cometidas pelo Hamas contra crianças, mulheres e idosos".
Fontes israelenses disseram que os ataques do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas, além de fazerem cerca de 150 reféns. Já o Ministério palestino da Saúde anunciou hoje que o número de mortos nos bombardeios de Israel em Gaza chega a 1.200. E, segundo a ONU, essa resposta gerou mais de 338.000 pessoas deslocadas.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos e forte aliado de Israel, disse que, apesar de "toda a raiva e frustração", esse país deve "operar de acordo com as regras da guerra".
O ministro britânico da Defesa, Grant Shapps, afirmou que os bombardeios de Israel em Gaza não tinham civis como alvo. Israel, frisou, estava à procura de "terroristas".
"É uma diferença essencial que acho que todos entendem", completou.
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