EUA amplia sanções a operadores de transporte que favorecem 'migração irregular'
Os Estados Unidos ampliaram a restrição de vistos para "proprietários, diretores e altos funcionários" de companhias de voos charter, transporte terrestre e marítimo que facilitam a "migração irregular", informou, nesta quarta-feira (21), um porta-voz do Departamento de Estado.
A medida visa punir "as operações de transporte que se aproveitam de migrantes vulneráveis e facilitam a migração irregular em todo o mundo e para os Estados Unidos", afirmou Matthew Miller em um comunicado.
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"Ninguém deve se aproveitar de migrantes vulneráveis: nem traficantes de pessoas, nem empresas privadas, nem funcionários públicos, nem governos", acrescentou.
O governo do presidente americano Joe Biden diz estar colaborando com governos e o setor privado "para eliminar essa prática exploratória".
Dessa forma, Washington amplia a restrição de vistos imposta em novembro do ano passado a empresas que operam voos charter para a Nicarágua com migrantes em situação irregular.
Com frequência, os migrantes "pagam preços extorsivos" e se colocam em perigo "apenas para serem submetidos a procedimentos de expulsão" ao chegarem aos Estados Unidos se não cumprirem os requisitos para permanecer, apontou Miller.
Desde 12 de maio de 2023 até o final de janeiro, o Departamento de Segurança Interna (DHS) expulsou "mais de 520 mil pessoas, a grande maioria das quais cruzou a fronteira sudoeste", segundo fontes oficiais.
A quantidade de migrantes que tentam entrar nos Estados Unidos pela fronteira com o México tem sido um grande desafio para Biden, candidato à reeleição nas presidenciais de novembro.
Seu secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, responsável pelos assuntos migratórios, foi indiciado pelos republicanos na Câmara dos Representantes pela crise migratória, mas as chances de esse processo de impeachment progredir no Senado são quase nulas, já que os democratas têm maioria.
Em janeiro, as autoridades americanas interceptaram 124.220 vezes migrantes e solicitantes de asilo na fronteira entre os Estados Unidos e o México, metade do número de dezembro.
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© Agence France-Presse