Exército israelense nega ter disparado contra multidão que esperava ajuda em Gaza
O Exército israelense negou, nesta sexta-feira (15, noite de quinta em Brasília), em um comunicado, ter disparado contra uma multidão que esperava ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza, como denunciado pelo movimento islamista Hamas.
"As informações da imprensa de que as forças israelenses atacaram dezenas de residentes de Gaza em um ponto de distribuição de ajuda são incorretas", disse o Exército em um breve comunicado.
A força armada afirma ter "estudado o incidente minuciosamente", mas não detalhou, por ora, sua versão dos fatos.
Anteriormente, o Ministério da Saúde do território palestino, controlado pelo Hamas, assegurou que 20 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas por "disparos israelenses" contra uma multidão.
"As forças de ocupação israelenses tomaram como alvo uma reunião de cidadãos que aguardavam ajuda humanitária" em uma pequena praça na Cidade de Gaza, declarou o ministério em um comunicado.
No hospital Al Shifa, o maior no norte da Faixa, um colaborador da AFP viu muitas ambulâncias transportando corpos e pessoas com ferimentos de bala.
A ONU teme uma situação de fome generalizada no território sob cerco israelense, especialmente no norte, de difícil acesso, onde atualmente vivem cerca de 300.000 pessoas.
No fim de fevereiro, o Hamas denunciou que mais de 100 palestinos tinham morrido por disparos israelenses durante uma distribuição de ajuda humanitária no norte do território.
As forças israelenses reconheceram então que seus soldados tinham atirado contra os palestinos porque se sentiram "ameaçados".
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© Agence France-Presse
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