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7 meses

Embaixador colombiano voltará à Argentina após confronto entre Milei e Petro

Javier Milei, presidente da Argentina Imagem: Elizabeth Frantz - 24.fev.2024/Reuters

01/04/2024 06h07

Os ministérios das Relações Exteriores da Colômbia e da Argentina anunciaram no domingo que o embaixador colombiano, Camilo Romero, retornará a Buenos Aires, após um confronto diplomático entre os dois países devido aos insultos do presidente argentino, Javier Milei, contra seu homólogo colombiano.

"O governo colombiano deu instruções para que o embaixador Camilo Romero retorne a Buenos Aires", afirmaram os ministérios em um comunicado conjunto.

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Os países se pronunciaram depois que o presidente colombiano, Gustavo Petro, decidiu, na quarta-feira da semana passada, expulsar vários diplomatas da embaixada da Argentina em Bogotá, após Milei o chamar de "terrorista" e "assassino" em uma entrevista.

Os dois governos, acrescenta a nota, mostraram interesse na adoção de "passos concretos para superar qualquer divergência e fortalecer a relação".

O comunicado também garante que o governo colombiano concedeu a credencial ao novo embaixador argentino na Colômbia proposto pelo governo Milei, cujo nome ainda não foi divulgado.

Também foi anunciado que a chanceler argentina, Diana Mondino, viajará à Colômbia em uma visita oficial ainda sem data definida.

Desta forma, os dois governos "ratificam a importância de manter boas relações e a vontade de estreitar os laços bilaterais", afirma o comunicado.

Em uma entrevista exibida na quarta-feira pelo canal americano CNN, o presidente argentino afirmou, em referência a Petro: "Não se pode esperar muito de alguém que era um assassino terrorista".

A frase irritou o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia. A pasta considerou que "as declarações do presidente argentino deterioraram a confiança de nossa nação, além de ofenderem a dignidade do presidente Petro, que foi eleito democraticamente".

Em seguida, o presidente esquerdista ordenou a expulsão de diplomatas da embaixada argentina em Bogotá.

Petro militou durante 12 anos no M-19, uma guerrilha nacionalista de origem urbana, antes de assinar a paz em 1990 e ingressar na política. Em agosto de 2022, ele chegou ao poder como o primeiro presidente de esquerda da Colômbia.

As relações com a Argentina têm sido historicamente estáveis, mas têm se deteriorado desde a chegada ao poder do ultraliberal Milei, em dezembro de 2023.

O embaixador Romero está em consultas desde o final de janeiro, quando Petro reagiu a outra entrevista na qual Milei o chamou de "comunista assassino que está afundando a Colômbia".

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