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Prefeito de cidade do Equador é assassinado antes de referendo sobre segurança

Prefeito da cidade de Camilo Ponce Enríquez, José Sánchez foi assassinado; ele foi a segunda autoridade morta a tiros em menos de um mês no Equador Imagem: José Sánchez/16.fev.2024-Facebook

18/04/2024 06h07

O prefeito de uma pequena cidade no sul andino do Equador foi assassinado a tiros na quarta-feira, poucos dias antes de uma consulta popular com a qual o governo pretende aprovar reformas para enfrentar a crise de violência, informaram as autoridades.

José Sánchez, prefeito de Camilo Ponce Enríquez, na província de Azuay, "foi baleado e perdeu a vida", informou o governo da localidade no Facebook.

Sánchez foi a segunda autoridade morta a tiros em menos de um mês no mês. Em março, a prefeita de San Vicente, em Manabí (sudoeste), foi assassinado em circunstâncias similares.

O prefeito, de 52 anos, fazia exercícios durante a noite, acompanhado por sua equipe de segurança, quando homens armados abriram fogo, segundo a polícia.

Os suspeitos estavam em uma caminhonete que depois foi supostamente incendiada e localizada.

O Ministério do Interior expressou solidariedade à família e amigos do prefeito, que havia sido alvo de um atentado em outubro do ano passado

Sánchez era advogado e em 2021 presidiu a Câmara de Mineração de Camilo Ponce Enríquez, localidade em que acontece extração ilegal de minerais.

No próximo domingo, quase 13,6 milhões de equatorianos devem comparecer às urnas para votar em uma consulta sobre reformas legais e constitucionais que visam o combate à violência.

Sánchez foi o quarto prefeito assassinado no Equador no período de um ano. As outras vítimas faleceram na região costeira de Manabí.

Promotores, jornalistas e policiais também estão entre as vítimas de organizações criminosas locais ligadas a cartéis de drogas no México e na Colômbia.

O assassinato mais notório foi o do candidato à presidência Fernando Villavicencio, baleado em agosto do ano passado quando saía de um evento de campanha.

As mortes deste ano aconteceram em um cenário de aumento da violência e de um conflito armado interno, declarado pelo presidente Daniel Noboa para combater os grupos criminosos com as Forças Armadas.

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