EUA não acredita que Rússia ganhará terreno na Ucrânia

A Rússia "intensificará" a ofensiva no nordeste da Ucrânia, mas "não prevemos grandes avanços" no terreno, afirmou um porta-voz da Casa Branca nesta sexta-feira (10).

"No longo prazo, o influxo de ajuda dos Estados Unidos permitirá que a Ucrânia resista a esses ataques ao longo de 2024", disse a jornalistas o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

"É provável que a Rússia aumente a intensidade dos ataques e envie tropas adicionais na tentativa de estabelecer uma zona tampão pouco profunda ao longo da fronteira com a Ucrânia", disse.

"Confiamos nas forças ucranianas e estamos trabalhando dia e noite para fornecer o equipamento, as ferramentas e as armas de que precisam para se defender desses ataques", acrescentou.

A Rússia lançou uma ofensiva terrestre na província de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, avançando assim em uma área fronteiriça da qual foi expulsa há quase dois anos.

O presidente Joe Biden prometeu nesta sexta-feira mais US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) em assistência militar à Ucrânia em equipamentos e treinamento.

O carregamento contém armas que a Ucrânia precisa "urgentemente", afirmou o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, em um comunicado.

Trata-se de munição para os sistemas de defesa antiaérea Patriot, mísseis, obuses, veículos blindados, lanchas de patrulha, granadas e peças de reposição.

Washington tenta compensar os meses perdidos em negociações no Congresso sobre um acordo de ajuda a Kiev. Este é o terceiro anúncio de ajuda em menos de três semanas.

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Desde a invasão russa e o início da guerra em fevereiro de 2022, os Estados Unidos desembolsaram mais de US$ 50 bilhões (R$ 257 bilhões) em ajuda para a Ucrânia, segundo o Pentágono.

No fim de abril, o Congresso aprovou uma ajuda militar e econômica adicional no valor de US$ 61 bilhões (R$ 314 bilhões) para Kiev.

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© Agence France-Presse

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